Município no estado de Táchira, na Venezuela: "não haverá repetição de nenhuma ação para poder dar passagem à Colômbia", diz governador (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2016 às 18h15.
Caracas - O governador do estádio de Táchira, José Gregorio Vilema Mora, afirmou nesta segunda-feira que não haverá uma "repetição" da abertura da fronteira da Venezuela com a Colômbia, como ocorreu ontem.
"Não haverá repetição de nenhuma ação para poder dar passagem à Colômbia. Ao ter ocorrido uma aglomeração de pessoas, permitimos para evitar um show, ou uma briga, mas não se tratava de uma data ou um dia para permitir compras na Colômbia", disse Vielma Mora.
Ontem, um grande número de venezuelanos cruzou a fronteira com o país vizinho, que ficou aberta por 12 horas, para fazer compras de produtos básicos, como alimentos e remédios. A passagem tinha sido fechada no ano passado por ordem do presidente Nicolás Maduro.
O governador disse que não há "corredores humanitários" em seu estado, porque isso não foi definido em "nenhum acordo, elemento de lei ou técnico da fronteira". "Um representante da chanceler colombiana está falando de corredores, aqui não há corredores. Há vistos trabalhistas, estudantis, acadêmicos e de complementação entre Colômbia e Venezuela", destacou.
Além disso, destacou a necessidade de os funcionários dos dois países "falarem a mesma língua". "Não podemos fazer um exercício de paz na fronteira quando os porta-vozes são de Bogotá ou de Caracas. Quem está na fronteira é que deve conversar", afirmou.
O governador disse desconhecer se é "certo ou errado" o fato de 35 mil pessoas terem cruzado a fronteira em busca de alimentos e produtos em falta na Venezuela devido à crise que atinge o país.
Vielma Mora, no entanto, afirmou que grande parte dos produtos comprados tem origem na Venezuela e foram revendidos muito mais caros, "similares aos dos 'bachaqueros' (revendedores autorizados)".
"Venezuelanos foram à Colômbia para comprar leite venezuelano. Isso parece uma piada", afirmou o governador, em referência ao contrabando de produtos subsidiados no país para a Colômbia.