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Fronteira do México com EUA é aberta por reencontro familiar

O breve reencontro de cinco minutos ocorreu graças às gestões ante autoridades americanas de uma organização de defesa dos direitos dos migrantes

Homem fala com familiares através de fronteira que separa EUA do México, em Tijuana (Sandy Huffaker/AFP)

Homem fala com familiares através de fronteira que separa EUA do México, em Tijuana (Sandy Huffaker/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 09h17.

México - Integrantes de quatro famílias mexicanas, separadas pela deportação de alguns de seus integrantes dos Estados Unidos a México, se reuniram na terça-feira por alguns minutos quando agentes americanos abriram uma porta do muro fronteiriço na cidade de Tijuana para que se abraçassem.

O breve reencontro de cinco minutos ocorreu graças às gestões ante autoridades americanas de uma organização de defesa dos direitos dos migrantes por ocasião do dia da criança.

"Senti alegria e tristeza ao mesmo tempo. Foi um instante, já acabou, mas disse que vamos pedir a Deus para que em breve estejamos juntos", disse Lourdes Barraza, uma mãe deportada dois anos atrás, que se dirigiu ao local para se encontrar com seus filhos pequenos Geovanny e Alexis.

"Senti como se tivessem me feito viver novamente", disse com lágrimas nos olhos Yolanda Barona, depois de abraçar sua neta, quando os agentes americanos abriram a pesada porta que forma parte do muro metálico que separa o território dos Estados Unidos do México.

Quatro famílias tiveram a oportunidade de se reencontrar com seus filhos e netos no limite fronteiriço entre Tijuana e San Diego, na Califórnia.

Os agentes tiraram os cadeados da porta no Parque da Amizade que está em San Diego e é limítrofe com Tijuana.

Roberto, que vive nesta cidade mexicana há dois anos e havia se comunicado apenas por telefone com seus filhos e netas, voltou a se reunir com eles em um pequeno espaço de dois metros quadrados, onde se abraçaram, conversaram e até tiraram algumas fotos.

O presidente Barack Obama tentou impulsionar uma reforma migratória no Congresso americano, mas diante da falta de avanços no legislativo anunciou em novembro passado medidas executivas para tirar da irregularidade milhares de imigrantes ilegais.

Estas medidas foram suspensas depois que em fevereiro um juiz bloqueou sua aplicação a pedido de 26 governadores do país.

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