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François Hollande pede que papa receba oposição síria

O presidente francês, François Hollande, expressou ao papa o desejo de que o Vaticano receba a Coalizão Nacional Síria

François Hollande (E), e o papa Francisco: "é preciso fazer de tudo para pôr fim aos combates e que chegue a ajuda humanitária", disse Hollande (Alessandro Bianchi/Reuters)

François Hollande (E), e o papa Francisco: "é preciso fazer de tudo para pôr fim aos combates e que chegue a ajuda humanitária", disse Hollande (Alessandro Bianchi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 12h05.

Cidade do Vaticano - O presidente francês, François Hollande, expressou ao papa o desejo de que o Vaticano receba a Coalizão Nacional Síria, principal representante da oposição ao regime de Bashar al-Assad, para que compreendam que a "paz é alcançada através de uma solução política".

Hollande se mostrou convencido de que "Genebra 2", a conferência que está sendo realizada nestes dias na Suíça, "representa uma grande oportunidade para a paz" e que "o objetivo deve ser chegar a uma transição" política no país.

"É preciso fazer de tudo para pôr fim aos combates e que chegue a ajuda humanitária", disse o presidente da França em entrevista coletiva após uma audiência privada com o papa, que, segundo suas palavras, concordou com ele neste ponto.

O presidente francês assegurou, além disso, que confirmou ao papa argentino que "a França defende em todas partes a liberdade religiosa".

"É a pátria dos direitos humanos e da liberdade de consciência", disse o líder sobre seu país.

Após o encontro com o papa no Vaticano, que durou 35 minutos, o presidente francês disse que ambos têm "a mesma determinação na luta contra todos os atos anti-religiosos que podem ser perpetrados, sem distinções, sobretudo nos lugares de culto".

Hollande acrescentou que "o laicismo permite o diálogo com todas as religiões", em referência ao fato da República da França ser um estado laico.

O presidente francês fez também alusão ao problema da imigração da Itália e da ilha de Lampedusa, onde o papa Francisco realizou sua primeira visita na Itália como pontífice.

"As palavras pronunciadas pelo papa em Lampedusa -sustentou- devem ser uma chamada para que os europeus tomem medidas adequadas para resolver os conflitos e para que a amparada dos refugiados se produza em condições humanas".

Hollande ressaltou que o tema dos refugiados para o papa Francisco, que "tem muito coração", é uma preocupação constante.

Quanto ao tratado sobre meio ambiente, o presidente francês comentou que o papa disse que "Deus perdoa sempre, o homem às vezes, a natureza jamais se for cuidada".

"Trabalhamos -acrescentou- para que a Conferência sobre o Clima de 2015 seja um êxito".

Por ocasião da visita de Hollande ao papa Francisco, 105 mil jovens católicos franceses assinaram um texto para que o pontífice intervenha "nas preocupações dos católicos da França", denunciam que há uma "campanha midiática de difamações" e que "as profanações de igrejas se multiplicam" na França.

O texto cita a lei do casamento de homossexuais adotada em maio de 2013, a procriação assistida, a pesquisa com embriões humanos e a eutanásia.

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