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Franco: entrada da Venezuela no Mercosul é impulso a Chávez

"A Venezuela prepara eleições (para o próximo dia 7 de outubro) e por isso pretendem dar um empurrão ao presidente Chávez", disse Franco

Hugo Chávez discursa diante da delegação do Brasil: a resolução de entrada foi impulsionada no dia 29 de junho, na última cúpula de presidentes do bloco (Juan Barreto/AFP)

Hugo Chávez discursa diante da delegação do Brasil: a resolução de entrada foi impulsionada no dia 29 de junho, na última cúpula de presidentes do bloco (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 15h05.

Assunção - O presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou que a formalização do ingresso da Venezuela no Mercosul, que será realizada nesta terça-feira em Brasília, tem como finalidade dar um impulso eleitoral ao líder venezuelano, Hugo Chávez.

"A Venezuela prepara eleições (para o próximo dia 7 de outubro) e por isso pretendem dar um empurrão ao presidente Chávez", disse Franco em declarações reproduzidas pela agência pública de notícias "IP Paraguay".

A presidente Dilma Rousseff e seus colegas da Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica; e o próprio Chávez realizarão nesta terça, em Brasília, uma cúpula extraordinária na qual formalizarão o ingresso da Venezuela como membro pleno do Mercosul, aprovado sem apoio do Paraguai.

A resolução de entrada foi impulsionada no dia 29 de junho, na última cúpula de presidentes do bloco, realizada na cidade de Mendoza (Argentina), onde os governantes também aprovaram a suspensão temporária do Paraguai.

Essa última medida foi adotada depois que os membros plenos do Mercosul, sem a participação das autoridades paraguaias, considerassem que a destituição de Fernando Lugo através de um "julgamento político" parlamentar provocou uma "ruptura democrática" no Paraguai.

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) também aprovou a suspensão em sua cúpula, que coincidiu com o encontro em Mendoza.

O ingresso da Venezuela havia sido aprovado em 2006 pelos membros do Mercosul e endossado nos anos posteriores pelos parlamentos de Brasil, Argentina e Uruguai, mas não pôde ser concretizado até então por causa do veto paraguaio.

Os prazos para a adaptação da Venezuela às normas do Mercosul e à Tarifa Externa Comum, que varia entre 0 e 20%, segundo os produtos procedentes de países fora bloco, começam a ser analisados nesta segunda-feira pelos chanceleres em Brasília. 

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