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Franco: 'golpista' foi o Mercosul ao suspender Paraguai

Líder paraguaio lembrou que ''o Tratado do Mercosul diz que as decisões devem acontecer por unanimidade''

Federico Franco: ''Ao deixarem o Paraguai de fora, rompem um aspecto muito substancial'' do tratado (Marcello Casal Jr./ABr)

Federico Franco: ''Ao deixarem o Paraguai de fora, rompem um aspecto muito substancial'' do tratado (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 21h39.

Assunção - O presidente do Paraguai, Federico Franco, declarou nesta segunda-feira que o ''golpista'' foi o Mercosul ao suspender o Paraguai do bloco e qualificou de ''nula'' a entrada da Venezuela.

Ao término de uma celebração por seu 50º aniversário com crianças de um bairro de Villa Elisa, o líder paraguaio lembrou que ''o Tratado do Mercosul diz que as decisões devem acontecer por unanimidade'', informou a agência estatal ''IP''.

''Ao deixarem o Paraguai de fora, rompem um aspecto muito substancial'' do tratado, assegurou.

O Paraguai foi suspenso temporariamente do Mercosul no último dia 29 de junho, em castigo pela ''ruptura democrática'' que, de acordo com Brasil, Argentina e Uruguai, aconteceu com a cassação de Fernando Lugo pelo Parlamento, uma semana antes.

Lugo foi sucedido pelo seu vice-presidente, Franco, com mandato até o dia 15 de agosto de 2013.

O Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul rejeitou no sábado passado a reivindicação apresentada pelo Executivo de Franco, que pedia um procedimento de urgência para revogar a suspensão do país e o ingresso da Venezuela no bloco.

Franco mencionou que uma das alternativas que resta ao Paraguai é recorrer à Corte Internacional de Haia, mas disse que será o governo que assumir em 2013 que tomará medidas no assunto. 

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