Pessoas marcham em Saint-Denis de la Reunion, na França, em protesto contra reforma da previdência (.)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2010 às 11h38.
PARIS - Os sindicatos da França acreditam que mais de dois milhões de pessoas sairão às ruas nesta terça-feira para protestar mais uma vez contra a reforma da previdência estimulada pelo presidente Nicolas Sarkozy, que pretende aumentar de 60 para 62 anos a idade mínima legal para solicitar a aposentadoria.
O dia de protesto inclui uma greve nos transportes públicos, hospitais, correio, serviço audiovisual público e setor privado, como bancos e empresas como a petroleira Total.
A paralisação afetou consideravelmente os serviços ferroviário - com 42% de adesão segundo os sindicatos -, aéreo - 25% dos voos cancelados - e urbano, como o metrô de Paris, que circula com menos frequência e lotado.
De acordo com uma pesquisa, 73% dos franceses apoiam o dia de protestos, mas para alguns a greve mais atrapalha que ajuda.
"Estou farta destes preguiçosos", reclamou Virginie, estudante de 25 anos, entrevistada em uma estação de trens da capital.
Outros, como Pauline, de 44 anos, disse compreender as razões da greve, mas destacou que foi obrigada a esperar 40 minutos pelo trem.
Os professores também estão em greve, em protesto contra o fim de milhares ed postos de trabalho.
A França, com mais de 15 milhões de aposentados, é um dos países europeus com a menor idade mínima para que uma pessoa tenha direito à aposentadoria.
O dia de protestos coincide com a apresentação na Assembleia Nacional do projeto de reforma, que tem como um dos pontos mais importantes o aumento de 60 a 62 anos da idade mínima legal para solicitar a aposentadoria a partir de 2018.
O projeto prevê ainda o aumento de 65 a 67 anos para que um trabalhador tenha direito a uma aposentadoria.
O governo de Sarkozy considera a reforma uma "prioridade absoluta".
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