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Francesas trabalharão de graça a partir desta segunda, diz ONG

Em um texto publicado na internet, a organização Les Glorieuses ('As Gloriosas'), chamou as mulheres a se mobilizarem para reivindicar a igualdade salarial

França: segundo os cálculos do coletivo, a partir desta hora, os homens franceses terão ganhado o que as mulheres ganharão em um ano (Getty Images)

França: segundo os cálculos do coletivo, a partir desta hora, os homens franceses terão ganhado o que as mulheres ganharão em um ano (Getty Images)

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AFP

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 15h41.

Última atualização em 7 de novembro de 2016 às 18h02.

As mulheres francesas, vítimas de uma diferença salarial de mais de 15% em relação aos homens, trabalharão de graça a partir desta segunda-feira, às 16h34 locais, até o fim do ano, segundo cálculos de uma organização feminista.

Em um texto publicado na internet, a organização Les Glorieuses ('As Gloriosas'), chamou as mulheres a se mobilizarem para reivindicar a igualdade salarial e a pararem de trabalhar na segunda-feira 7 de novembro às 16h34.

Segundo os cálculos do coletivo, a partir desta hora, os homens franceses terão ganhado o que as mulheres ganharão em um ano.

Inspirando-se em uma iniciativa islandesa, que em 24 de outubro mobilizou as mulheres desse país para exigir o fim da brecha salarial em relação aos homens, a fundadora da Les Glorieuses, Rebecca Amsellem, quis "adaptar a ideia na França", disse à AFP.

Segundo esta professora universitária de 28 anos, a diferença salarial de 15,1% entre homens e mulheres, calculada em 2010 pelo instituto de estatísticas Eurostat, corresponde a "38,2 dias" de trabalho a menos de salário.

"Na segunda-feira às 16h34 e 7,5 segundos exatos, podemos afirmar que trabalharemos grátis até o final do ano", afirmou.

Vários chamados à mobilização, principalmente nas redes sociais, começaram a aparecer acompanhados da hashtag #7novembre16H34.

Segundo os dados mais recentes da Eurostat, em 2014 as mulheres na França receberam um salário 15,5% inferior ao dos homens. Este número chega a 16,7% no nível da Europa.

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