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Francês detido na Bulgária nega ligação com militantes

Cidadão francês detido na Bulgária por suposta ligação com terroristas que atacaram o jornal Charlie Hebdo negou fazer parte de grupo islamita


	Imagem mostra policial sendo morto na frente da sede do jornal Charlie Hebdo
 (JORDI MIR/AFP)

Imagem mostra policial sendo morto na frente da sede do jornal Charlie Hebdo (JORDI MIR/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 17h28.

Haskovo - Um cidadão francês detido na Bulgária, por sua suposta ligação com os homens armados que atacaram o jornal semanal de sátiras Charlie Hebdo, negou fazer parte de um grupo islamita e está preparado para ser extraditado de modo a provar sua inocência, disse seu advogado nesta sexta-feira.

Fritz-Joly Joachin foi detido pela polícia búlgara em um posto de fronteira quando tentava entrar na Turquia nas primeiras horas de 1º de janeiro, em obediência a um mandato europeu por ter supostamente sequestrado seu filho de três anos de idade –acusação que ele nega.

De acordo com um segundo mandado de prisão emitido por autoridades europeias, ele teria participado de um grupo criminoso responsável por planejar atos de terrorismo, acusação pela qual pode ser condenado a 10 anos de prisão.

Joachin foi levado a um tribunal provincial na cidade de Haskovo, perto da fronteira com a Turquia, nesta sexta-feira.

Um operário de construção civil sem condenações criminais prévias, Joachin disse ao tribunal esperar por uma audiência justa e, a certa altura, recusou o trabalho de uma tradutora.

“Ele me disse que não tem ligações com a Al Qaeda ou qualquer outro grupo terrorista”, disse o advogado de Joachin, Radi Radev, à Reuters.

A corte concedeu a Joachin mais três dias para decidir se deseja contestar sua extradição para a França.

A Justiça búlgara vai anunciar sua decisão de enviá-lo ou não à França na terça-feira.

Joachin viajava de ônibus da França para a Turquia com seu filho. A polícia búlgara o deteve após sua mulher ter dito a autoridades francesas que ele planejava levar a criança à Síria, para ser educado sob o islamismo radical.

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