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França tem 20 casos de câncer em pacientes com silicone da PIP

Agência de Produtos Sanitários do país investiga agora se os implantes mamários causaram a doença

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2011 às 14h51.

Paris - Vinte casos de câncer foram registrados na França em mulheres que usaram implantes mamários da polêmica empresa PIP, anunciou nesta sexta-feira a Agência de Produtos Sanitários (Afssaps).

Até 28 de dezembro, foram "registrados 3 casos de linfoma, 15 casos de adenocarcinoma mamário (a forma mais frequente de câncer de mama), um caso de adenocarcinoma de pulmão e um de leucemia aguda mieloblástica", segundo a agência, que afirma, no entanto, que "no momento não se estabeleceu que estes casos de câncer são atribuídos aos implantes PIP".

Também foram registrados 16 casos de tumores malignos de mama, entre eles um de linfoma de mama muito raro, e quatro casos de tumores malignos que não afetaram os seios.

Segundo este novo balanço, 1.143 rupturas de implantes foram registradas na agência, assim como 495 casos de reações inflamatórias.

Nas 672 extrações preventivas de próteses registradas na Afssaps, 23 rupturas foram descobertas e 14 casos de transpiração do silicone.

Cerca de 30 mil mulheres utilizaram implantes da empresa Poly Implant Prothèse (PIP), que utilizou de maneira fraudulenta um silicone não autorizado, irritante.

Estas próteses também eram vendidas no exterior, às vezes com outra marca, e entre 400 e 500 mil mulheres teriam recebido este tipo de implante no mundo, das quais 40 a 50 mil no Reino Unido.

O fundador da PIP, Jean-Claude Mas, de 72 anos, é investigado na França judicialmente "fraude com agravante" e "homicídios culposos".

Mais de 2.500 processos foram abertos em Marselha neste caso.

No Brasil, as autoridades sanitárias recompendaram às milhares de mulheres com próteses mamárias PIP a irem ao médico fazer avaliações clínicas.

Foram implantadas no Brasil cerca de 25.000 próteses mamárias desta marca, até sua proibição em abril de 2010, quando apareceram "as primeias evidências de problemas", informou à AFP um porta-voz da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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