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França suspeita de terroristas Mali em sequestro

O governo acredita que os sequestrados no norte de Camarões estejam nas mãos de membros do grupo Boko Haram


	Soldados do Mali: segundo as autoridades francesas, os reféns foram levados para território nigeriano e estavam no norte do país quando foram sequestrados.
 (REUTERS/Joe Penney)

Soldados do Mali: segundo as autoridades francesas, os reféns foram levados para território nigeriano e estavam no norte do país quando foram sequestrados. (REUTERS/Joe Penney)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 15h53.

Paris - O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse nesta terça-feira que o governo de seu país suspeita que os sete cidadãos sequestrados no norte de Camarões estejam nas mãos de membros do grupo Boko Haram e que teriam sido treinados no Mali, onde o exército francês realiza uma intervenção armada.

O chefe da diplomacia francesa disse que o local onde ocorreu o rapto, no norte de Camarões, perto da fronteira da Nigéria e do Chade, leva a pensar que se trata do grupo terrorista radical islâmico, originário da Nigéria.

Fabius não quis dar mais detalhes sobre o sequestro, confirmado minutos antes em Atenas pelo presidente francês, François Hollande, que indicou que os reféns são quatro crianças e três adultos membros da mesma família. Estes últimos trabalhavam em Camarões para uma multinacional francesa de energia.

O grupo Boko Haram "tem ramificações no Mali, muitos de seus membros foram preparados no norte do Mali", declarou o ministro.

É justamente no norte do Mali onde o exército francês realiza uma operação militar contra grupos terroristas em apoio às tropas malinesas.

Fabius, que se reuniu com o primeiro-ministro do Mali, Diango Cissoko, destacou que este sequestro mostra "o quão necessário é combater os grupos terroristas" na África.

"A luta contra o terrorismo nesta região é uma necessidade absoluta porque ameaça o conjunto da África", ressaltou.

Segundo as autoridades francesas, os reféns foram levados para território nigeriano e estavam no norte do país visitando um parque natural no momento do sequestro. 

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