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França, Reino Unido e Suíça seguem EUA e impõem novas sanções à Rússia

Em comunicados distintos divulgados nesta segunda-feira, países da União Europeia seguem EUA e anunciam uma série de medidas contra instituições, autoridades e empresários russos

 (THOMAS COEX/Getty Images)

(THOMAS COEX/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de fevereiro de 2022 às 12h20.

Depois que o governo dos EUA anunciou uma série de novas sanções contra a Rússia por causa da invasão do país à Ucrânia, Reino Unido, França e Suíça seguiram pelo mesmo caminho e indicaram medidas contra instituições, autoridades e empresários russos.

O governo do Reino Unido anunciou nesta segunda-feira, 28, sanções contra o Banco Central da Rússia. Em comunicado, a administração afirma que esta é a mais recente punição após medidas já anunciadas voltadas para "impor consequências severas" contra o presidente Vladimir Putin e a economia russa.

O Reino Unido diz que a ação de hoje é tomada após combinar esse passo com os EUA e a União Europeia, a fim de evitar que o BC russo use reservas estrangeiras para minar o impacto de sanções já impostas e também para limitar a capacidade de o BC fazer transações no mercado cambial a fim de apoiar o rublo.

O comunicado diz ainda que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) segue pronto para adotar qualquer medida necessária a fim de apoiar a resposta do governo de Londres à invasão russa na Ucrânia.

No França, o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, informou, também nesta segunda-feira, que o país está se preparando para confiscar todos os bens de autoridades e líderes empresariais russos que estão sendo alvo de sanções da União Europeia (UE). Le Maire disse que o país está em processo de listagem de propriedades, incluindo ativos financeiros, imóveis, iates e carros de luxo.

As autoridades francesas também estão tentando identificar outros indivíduos russos que poderiam ser adicionados à lista da UE de pessoas alvo de sanções devido à "sua proximidade com a liderança russa", acrescentou.

"Vamos conseguir meios legais para confiscar todos esses bens", afirmou Le Maire, após reunião especial de defesa sobre a Ucrânia no palácio presidencial francês.

Já o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, confirmou que a França participará do esforço europeu para trazer equipamentos militares para a Ucrânia, a serem enviados por meio de um centro na Polônia.

A França também fornecerá mais ajuda humanitária à Ucrânia nos próximos dias, disse Le Drian.

Por último, o governo da Suíça anunciou, em comunicado, que também adotará os pacotes de sanções impostos pela União Europeia em 23 e 25 de fevereiro contra a Rússia. As sanções financeiras suíças têm entre seus alvos o presidente russo, Vladimir Putin, o premiê Mikhail Mishustin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, com efeito imediato.

A Suíça diz que reafirma sua solidariedade com a Ucrânia e seu povo e que entregará ajuda para as pessoas que fugiram para a Polônia.

As sanções serão implementadas em coordenação com a UE, com o congelamento de ativos e o veto a novos negócios com os alvos.

O país ainda informou que suspendeu em parte um acordo de 2009 para facilitar vistos a cidadãos da Rússia. Além disso, fechará o espaço aéreo para aeronaves russas a partir desta segunda-feira.

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