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França registra alto comparecimento em eleições antecipadas

Antes do fechamento oficial das urnas, institutos de pesquisa apontavam que número de eleitores devia superar os 65%, na maior participação registrada desde 1981

A líder de extrema direita Marine Le Pen, do partido Reagrupamento Nacional (RN) e candidata às eleições legislativas, vota em Henin-Beaumont, norte da França. (AFP/AFP)

A líder de extrema direita Marine Le Pen, do partido Reagrupamento Nacional (RN) e candidata às eleições legislativas, vota em Henin-Beaumont, norte da França. (AFP/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 30 de junho de 2024 às 15h20.

O primeiro turno das eleições legislativas antecipadas da França, realizado neste domingo, 30, registrou comparecimento recorde, de acordo com números parciais divulgados pelo Ministério do Interior do país e estimativas de institutos de pesquisa.

Após o fechamento das urnas, às 20h (15h em Brasília), a expectativa com base nos levantamentos era de que mais de 65% dos cerca de 50 milhões de eleitores habilitados a votar tivessem comparecido às seções eleitorais — uma participação que pode ter efeitos diretos na configuração do segundo turno.

O Ministério do Interior francês informou que, até às 17h (12h em Brasília), a participação já havia alcançado 59,39% dos eleitores — 20 pontos percentuais acima do que o registrado até o mesmo horário nas eleições de 2022. Institutos de pesquisa, antes do fechamento das urnas, afirmaram que a estimativa era de que entre 67,5% e 69,7% dos eleitores fossem às urnas, o que tornaria esta a eleição com comparecimento mais alto desde o primeiro turno das eleições de 1981.

O alto comparecimento tem um impacto potencial alto no sistema eleitoral francês, que divide os 577 deputados em círculos eleitorais com um único representante eleito, após uma disputa em dois turnos, caso nenhum candidato receba mais de 50% dos votos.

A depender dos resultados do primeiro turno, cada círculo pode ter dois, três ou até mesmo mais candidatos — e uma participação mais alta, que fragmente a votação, pode tornar as disputas de segundo turno ainda mais imprevisíveis.

O diretor-geral do instituto de pesquisas Ipsos, Jean-François Doridot, explicou, em entrevista ao jornal Le Monde, que uma participação de 60% nas eleições de 2022 teriam levado a disputas entre três candidatos em 120 círculos eleitorais — quando na realidade aconteceram apenas oito. Se o número chegasse a 65%, poderiam ter sido até 200 disputas triangulares, estimou.

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