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França questiona papel da Turquia na luta contra o EI

"A Turquia é parcialmente viável, mas também há suspeitas. Vamos ser honestos sobre isso", disse Jean-Marc Ayrault, ministro de Relações Exteriores da França


	Jean-Marc Ayrault: "a Turquia é a maior fronteira com a Síria, recebe cerca de 2,5 milhões de refugiados e é uma aliada"
 (Philippe Desmazes/AFP)

Jean-Marc Ayrault: "a Turquia é a maior fronteira com a Síria, recebe cerca de 2,5 milhões de refugiados e é uma aliada" (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2016 às 13h09.

Paris - O ministro de Relações Exteriores da França disse neste domingo que ainda é necessário questionar se a Turquia é um parceiro viável na luta contra o Estado Islâmico na Síria.  

"Há perguntas que estão sendo feitas e vamos perguntá-las. A Turquia é parcialmente viável, mas também há suspeitas. Vamos ser honestos sobre isso", disse Jean-Marc Ayrault, ao canal de televisão France 3.

Ele disse que levantaria a questão em um encontro da coalizão anti-Estado Islâmico que acontecerá em Washington, na próxima semana.  Um representante diplomático francês, depois, buscou esclarecer os comentários de Ayrault, dizendo que ele não quis colocar em questão a viabilidade da Turquia na luta contra o Estado Islâmico, e que Ancara permanecia uma parceiro crucial para a coalizão nesse sentido. 

"A Turquia é um grande país, um país que tem um papel estratégico, membro da Otan, maior fronteira com a Síria e que recebe cerca de 2,5 milhões de refugiados sírios e é um aliado", disse Ayrault na entrevista.

Apoiadores do presidente turco, Tayyip Erdogan, se reuniram em praças públicas, no aeroporto de Istambul e em frente a seu palácio durante a madrugada, após uma fracassada tentativa de golpe ter matado pelo menos 265 pessoas e criado expectativas de pesada repressão contra dissidentes.

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