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França quer cortar déficit em 100 bilhões euros até 2013

Primeiro-ministro francês, François Fillion, afirmou que parte valor virá de cortes nos gastos públicos

Acordo: França e Bruxelas terão déficit orçamentário de 6% do PIB em 2011 (Thomas Warm/Stock.Xchng/Reprodução)

Acordo: França e Bruxelas terão déficit orçamentário de 6% do PIB em 2011 (Thomas Warm/Stock.Xchng/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2010 às 16h49.

Paris - A França definiu como meta reduzir seu déficit orçamentário em 100 bilhões de euros até 2013, conduzindo-o para dentro da meta da União Europeia de 3% do Produto Interno Bruto, afirmou o primeiro-ministro francês, François Fillion, neste sábado.

Fillion afirmou que cerca de metade do valor virá de cortes nos gastos públicos e do equilíbrio gerado com redução na quantidade de isenções fiscais e aumento na arrecadação tributária incentivada por crescimento econômico.

"Nós prometemos reduzir o déficit de 8% para 3% até 2013 e todos nossos esforços se voltarão a essa prioridade", disse Fillion em reunião de membros do partido UMP, em Paris. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, visitará Berlim na segunda-feira para discutir a política econômica europeia.

A França espera ancorar seu comprometimento com uma política fiscal mais conservadora após Berlim anunciar planos para economizar um total de 80 bilhões de euros até 2014 no começo do mês.

Em maio, a França afirmou que iria congelar os gastos públicos nos próximos três anos, além de cortar custos operacionais do Estado em 10% e economizar outros 5 bilhões de euros com a eliminação de algumas isenções de impostos.

O pacto de estabilidade da França com Bruxelas requer um déficit orçamentário de 6% do PIB em 2011, 4,6% em 2012 e 3% em 2013, com base em uma taxa anual de crescimento econômico de 2,5% a partir de 2011.

"Nossa diferença frente à Alemanha, em termos de reformas estruturais, dívida e redução de déficit está diminuindo", disse o chefe do órgão regulador dos mercados da França, AMF, Jean-Pierre Jouyet, ao jornal Le Monde, em entrevista publicada neste sábado.

Jouyet também ofereceu cortar seu próprio salário. Ele disse ao Le Monde que não é contra ver seu salário anual de 300 mil euros reduzido em 20 ou 30%. "Isso parece justificado para mim", disse Jouyet. "Trabalhadores do setor público devem estar preparados para participar em um empenho conjunto."

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