A polícia de Paris informou que mais de 100 pessoas foram presas em meio a tumultos na capital francesa (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de março de 2019 às 15h17.
Paris - O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, prometeu "punir severamente" manifestantes "coletes amarelos" responsáveis por tumultos e incêndios em torno do Champs-Elysees, na capital da França, Paris. Philippe visitou o local neste sábado para mostrar apoio aos bombeiros e à tropa de choque, que entrou em confronto com os manifestantes. Este é o 18º fim de semana consecutivo de protestos.
Philippe citou a violência "inaceitável" deste sábado e elogiou os bombeiros que salvaram pessoas presas em um prédio após um incêndio provocado pelos manifestantes. A situação continua tensa neste sábado ao longo do Champs-Elysées depois de horas de violência e confrontos. A polícia disparou gás lacrimogêneo e canhões de água. Veículos blindados e cerca de 15 caminhões da polícia se alinharam em frente a participantes dos protestos vestidos de amarelo e preto.
A polícia de Paris informou que mais de 100 pessoas foram presas em meio a tumultos na capital francesa. A violência começou minutos depois que os manifestantes começaram a se reunir na manhã de sábado em torno do Arco do Triunfo. Eles causaram incêndios, destruíram lojas de luxo e entraram em confronto com a polícia.
Florian Lointier, porta-voz dos bombeiros de Paris, disse à Associated Press que 11 pessoas sofreram ferimentos leves no sábado, incluindo dois bombeiros após um incêndio em um banco. O banco ficava no andar térreo de um prédio de sete andares residencial perto da Avenida Champs-Elysees, e as chamas já foram extintas. Lointier disse que uma mãe e seu filho foram salvos das chamas no segundo andar e outros moradores foram evacuados com segurança.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, disse na televisão francesa que cerca de 10 mil manifestantes estavam participando de manifestações em Paris e outros 4,5 mil protestavam em outras cidades da França. No fim de semana anterior, haviam sido 3 mil manifestantes em Paris.
Ainda assim, os números ficaram abaixo do total de 30 mil participantes estimados de uma marcha para forçar uma ação governamental mais rápida contra o aquecimento global, que estava sendo realizada em Paris ao mesmo tempo, de acordo com Castaner. Fonte: Associated Press.