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França pode abandonar aumento da idade mínima para encerrar protestos

A concessão foi anunciada enquanto dezenas de milhares de manifestantes marcham pelo leste de Paris contra a reforma

Protesto de sindicatos franceses contra reforma da Previdência em Paris
  (Charles Platiau/Reuters)

Protesto de sindicatos franceses contra reforma da Previdência em Paris (Charles Platiau/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2020 às 14h24.

PARIS - O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, ofereceu neste sábado uma grande concessão aos sindicatos que contestam a proposta de reforma da Previdência do governo, em uma ação que visa acabar com greves que entraram na quinta semana.

Philippe disse em uma carta aos sindicatos e a empregadores que está disposto a abandonar os planos de aumentar a idade mínima para receber o benefício completo de aposentadoria em dois anos, para 64, se determinadas condições forem atendidas.

Ele ofereceu a concessão depois que as negociações entre o governo e os sindicatos falharam na sexta-feira para romper o impasse. O sindicato CFDT, o maior da França, elogiou a medida, dizendo em um comunicado que mostrava "a vontade do governo de encontrar um acordo".

A concessão foi anunciada enquanto dezenas de milhares de manifestantes marcham pelo leste de Paris contra a reforma, que visa substituir os diversos modelos específicos de aposentadoria da França por um único modelo baseado em pontos.

O protesto se tornou violento, com a polícia disparando gás lacrimogêneo e grupos quebrando janelas e ateando fogo a lixeiras e outdoors.

O impasse do governo com os sindicatos é o maior desafio até o momento ao projeto do presidente Emmanuel Macron de reformar a segunda maior economia da zona do euro.

(Reportagem de Caroline Paillez, Noemie Olive, Pascale Antonie e Ardee Napolitano)

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