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França pede reunião do grupo que vigia cessar-fogo da Síria

Em uma coletiva, o ministro afirmou que a "França apoia todos os esforços da cessação das hostilidades", mas que estará atenta sobre sua aplicação concreta


	Síria: "A trégua é frágil, mas oferece uma ponta de esperança" que deve permitir "que atuemos em favor de um acesso humanitário"
 (Alaa Al-Faqir / Reuters)

Síria: "A trégua é frágil, mas oferece uma ponta de esperança" que deve permitir "que atuemos em favor de um acesso humanitário" (Alaa Al-Faqir / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 09h54.

Genebra - O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, solicitou nesta segunda-feira uma reunião imediata do grupo de trabalho coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que vigia o cumprimento do cessar-fogo na Síria, após afirmar que seu país recebeu informações sobre ataques contra zonas controladas pela oposição moderada.

"Recebemos indicações de que existiram ataques, incluindo aéreos, contra áreas controladas pela oposição moderada e, naturalmente, isto deve ser verificado", disse Ayrault.

Em uma coletiva de imprensa, o ministro afirmou que a "França apoia todos os esforços da cessação das hostilidades", mas que estará atenta sobre sua aplicação concreta.

Pouco depois, durante discurso na sessão inaugural do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o chefe da diplomacia francesa considerou que "a cessação das hostilidades é indispensável".

"A trégua é frágil, mas oferece uma ponta de esperança" que deve permitir "que atuemos em favor de um acesso humanitário (à população síria), de uma transição democrática e do respeito aos direitos humanos" na Síria, continuou.

Ele disse ainda que a França apoia que o caso da Síria seja levado à Tribunal Penal Internacional para que esta instância julgue os responsáveis dos crimes cometidos, "porque não haverá paz duradoura sem justiça".

"O drama sírio é o teste através do qual nossa ação em favor dos direitos humanos será julgada", antecipou Ayrault.

O ministro francês lamentou as ações do regime sírio, ao tempo em que condenou o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) "que mostrou uma crueldade raramente igualada".

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