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França pede à UE que atue na crise migratória no Mediterrâneo

Governo francês quer que o bloco atue para ajudar a Itália a resolver o que fazer com a chegada em massa de imigrantes do norte da África

Imigrantes ilegais chegam à ilha de Lampedusa, na Itália: crise na região (Marco Di Lauro/Getty Images)

Imigrantes ilegais chegam à ilha de Lampedusa, na Itália: crise na região (Marco Di Lauro/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 12h48.

Bruxelas - França pediu à Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) medidas para resolver a crise migratória no Mediterrâneo por causa da chegada de imigrantes na Itália do norte da África, procedentes em sua maioria da Tunísia.

O porta-voz do Ministério de Interior comunitário, Marcin Grabiec, explicou que a comissária europeia do ramo, Cecilia Malmstrom, recebeu na sexta-feira uma carta do ministro francês desse departamento, Claude Guéant, na qual lhe pede que atue para resolver a situação, que está afetando a França com a chegada de imigrantes da Itália.

"A Comissão Europeia está trabalhando em uma série de propostas que apresentará no dia 11 de abril durante o Conselho de Ministros de Justiça e Interior da UE", segundo o porta-voz, que não quis antecipar detalhes sobre essas iniciativas.

A situação criada com a chegada de imigrantes está gerando tensões entre França e Itália nos últimos dias.

Na semana passada, a comissária Malmstrom advertiu à França que o espaço Schengen o impede de bloquear a fronteira e devolver o território italiano aos tunisianos que pretendem continuar sua viagem e encontrar trabalho em solo francês.

As autoridades francesas consideram que com isso não violam o Direito europeu, já que desde 1997 existe um acordo bilateral de readmissão entre França e Itália que prevê que os dois países sejam obrigados a receber de novo em seus territórios, a pedido do outro, a toda pessoa que não cumprir as condições de entrada ou estadia aplicáveis.

Por outra parte, Itália indicou que estuda a possibilidade de preparar centros para os imigrantes perto das fronteiras e conceder permissões de residência temporárias para que, deste modo, possam circular livremente pela Europa.

O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, explicou que a concessão destas permissões é um "instrumento de pressão para fazer entender à UE que, frente a sua rejeição de colaboração, a Itália pretende realizar os princípios de solidariedade europeia".

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