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França participará da operação contra Kadafi, que será em "algumas horas"

O país foi o primeiro a pronunciar-se pela saída de líder líbio do poder e também o primeiro a reconhecer os opositores do Movimento Nacional de Transição Líbio

Kadafi foi chamado pelo porta-voz francês de "ditador terrorista e sanguinário" (Getty Images)

Kadafi foi chamado pelo porta-voz francês de "ditador terrorista e sanguinário" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 06h15.

Paris - A França confirmou nesta sexta-feira que participará de uma operação militar contra o regime líbio de Muammar Kadafi após a resolução do Conselho de Segurança da ONU, e indicou que as ações ocorrerão em "algumas horas"."Os ataques acontecerão rapidamente", antecipou o porta-voz do Governo francês, François Baroin, que em entrevista à emissora "RTL" ressaltou que "os franceses serão coerentes" com a posição que vêm apoiando e que "participarão" da operação.

Embora não tenha oferecido mais detalhes sobre quando ocorrerá, como será e quais alvos terá a operação, Baroin precisou que se trata de "uma intervenção que não é uma ocupação, e sim um dispositivo militar para proteger o povo líbio".

Questionado sobre a possibilidade de negociar com Kadafi, o porta-voz francês respondeu que, conhecendo-o, não tem "certeza se pode ser chamado à razão este ditador terrorista e sanguinário".

Insistiu que "é preciso reconhecer o papel potente" que teve o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para obter a resolução da ONU que autoriza uma operação militar contra o regime líbio.

Também lembrou que a França foi o primeiro país a pronunciar-se pela saída de Kadafi do poder, o primeiro a reconhecer os opositores do Movimento Nacional de Transição Líbio e "o que organizou o movimento da comunidade internacional".

Baroin reconheceu a decepção das autoridades francesas pela posição da Alemanha nesta questão e pela impossibilidade de alcançar um acordo para que o Conselho Europeu da última semana se pronunciasse a favor de uma intervenção militar.

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