Paris - O ministro do Interior francês, Claude Guéant, negou nesta quinta-feira que o regime de Muammar Kadafi tenha financiado em 2007 a campanha eleitoral do presidente francês, Nicolas Sarkozy, como afirmou ontem Saif al Islam, filho do líder líbio.

Em declarações à emissora francesa "Europe 1", Guéant, que foi o diretor da campanha que levou Sarkozy ao Eliseu, exigiu que o regime líbio divulgue as supostas provas.

"Uma campanha eleitoral tem suas contas verificadas pelo Conselho Constitucional, pela comissão de contas de campanha. E a única coisa que pode realizar-se em favor de uma campanha é (entregar) um cheque de no máximo 4.600 euros", assinalou o ministro.

A resposta chega um dia depois de o filho de Kadafi ter pedido que o Governo francês devolva o dinheiro supostamente entregue para financiar a campanha de Sarkozy, porque o líder francês "decepcionou" a população líbia.

"A primeira coisa que peço a esse palhaço é que devolva o dinheiro aos líbios. Demos essa ajuda a ele para que atuasse a favor do povo líbio, mas nos decepcionou", manifestou Saif al Islam em entrevista concedida ao canal "Euronews".