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França manterá mil soldados no Mali em missão antiterrorista

O ministro da Defesa francês declarou que seu país manterá no Mali mil soldados em missão antiterrorista

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 08h31.

Paris - O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, declarou nesta quarta-feira que seu país manterá no Mali "de forma duradoura uma presença militar" de mil soldados em missão antiterrorista e para ajudar as autoridades locais a recuperar a "soberania total".

Em entrevista à rádio "France Inter", Le Drian reiterou o anúncio do presidente francês, François Hollande, sobre o compromisso de manter um contingente militar no Mali, embora inferior ao que há atualmente.

O ministro não quis entrar em detalhes sobre a autoria do assassinato de dois jornalistas franceses no sábado passado na cidade de Kidal, no norte do Mali, após informações sobre o envolvimento de pessoas vinculadas à Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).

"Pode haver convergência de indícios, mas será a investigação que irá esclarecer os fatos", respondeu o ministro após uma pergunta sobre as publicações do "Le Monde", que revelaram que os serviços secretos franceses conseguiram identificar três dos quatro sequestradores dos jornalistas da "Radio France Internationale".

De acordo com o jornal, por conta de um documento que estava no veículo abandonado junto aos corpos foi possível descobrir a identidade de um dos autores, fichado como membro da AQMI.

Le Drian disse que é prematuro fazer especulações, é preciso respeitar o tempo da investigação judicial e que em Kidal há grupos diversos.

"É preciso fazer o possível para encontrar e punir os assassinos", concluiu o titular da Defesa, que não quis confirmar explicitamente se os militares franceses estão participando desta investigação e se limitou a afirmar que "fazem seu trabalho" e que "garantem a segurança" em Kidal com a força internacional da ONU e com as forças malinesas.

O ministro da Defesa também ressaltou que além do "drama" dos dois jornalistas assassinados, o "Mali está recuperando seus instrumentos democráticos" e que as principais forças do norte do Mali "acabam de fazer um acordo sobre uma plataforma política" para as próximas eleições legislativas.

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