Mundo

França: Macron refuta comentário russo sugerindo papel de Kiev e Paris em ataque a Moscou

Governo francês reforçou que condenou o ataque de 22 de março, que matou 145 pessoas

Emmanuel Macron, presidente da França (Thierry Monasse/Getty Images)

Emmanuel Macron, presidente da França (Thierry Monasse/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 4 de abril de 2024 às 20h08.

O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou, nesta quinta-feira, como "ridículos" os comentários do ministro da Defesa da Rússia sugerindo que a Ucrânia e a França poderiam ter exercido um papel no ataque a uma casa de shows perto de Moscou no mês passado.

Os comentários de Macron foram feitos um dia depois de um raro telefonema entre os ministros da Defesa francês e russo, que posteriormente levou a declarações divergentes na mídia.

Um comunicado do Ministério da Defesa russo citou que o chefe da pasta, Sergei Shoigu, disse ao seu colega francês que "o regime de Kiev não faz nada sem a aprovação de seus manipuladores ocidentais" e que o governo de Moscou "esperava que os serviços especiais franceses não estivessem envolvidos nisso"

Macron disse que tais comentários "eram, afinal, barrocos e ameaçadores, o que não é novidade", enquanto falava aos jornalistas nos bastidores da cerimônia de inauguração de uma piscina construída para os Jogos Olímpicos de Paris num subúrbio ao norte da capital francesa. "Em outras palavras, é ridículo", acrescentou Macron.

"Não faz sentido e não se ajusta à realidade" dizer que a França "poderia estar por trás disso (o ataque a Moscou) e que os ucranianos estão por trás disso", disse. "Mas é uma manipulação de informação, que hoje faz parte do arsenal de guerra da Rússia."

O Ministério da Defesa da França informou, em comunicado após o telefonema de quarta-feira, que o ministro francês, Sébastien Lecornu, condenou fortemente o ataque de 22 de março, que matou 145 pessoas.

Acompanhe tudo sobre:Emmanuel MacronFrançaUcrâniaRússiaTerrorismoEstado Islâmico

Mais de Mundo

Peru decreta emergência em três regiões afetadas por incêndios florestais

Putin reconhece que residentes das regiões fronteiriças estão enfrentando dificuldades

Rival de Maduro na Venezuela diz que assinou documento sob 'coação' e o considera nulo

Príncipe saudita descarta acordo com Israel sem reconhecimento do Estado palestino