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França espera que cidades dos EUA sigam contra mudança climática

O premiê francês acredita que "há um enorme número de prefeitos nos EUA que vão a querer continuar trabalhando" nessa direção

Donald Trump: o premiê considerou que a posição do presidente americano "abre uma fase de consternação, mas também de resolução" (Win McNamee/Getty Images)

Donald Trump: o premiê considerou que a posição do presidente americano "abre uma fase de consternação, mas também de resolução" (Win McNamee/Getty Images)

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EFE

Publicado em 2 de junho de 2017 às 08h26.

Paris - O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, classificou, nesta sexta-feira, de "calamitosa" a decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre a mudança climática, mas se mostrou convencido que muitas cidades americanas continuarão suas ações contra o aquecimento global.

"Há um enorme número de prefeitos nos Estados Unidos que vão a querer continuar trabalhando conosco", disse Philippe, em uma entrevista à emissora de rádio "RTL", ao ser questionado pelo anúncio de Trump.

Ele considerou que a posição do presidente americano "abre uma fase de consternação, mas também de resolução" e, em última instância, "reforça a urgência da ação e a necessidade" de manter a perspectiva coletiva.

O premier francês julgou como "calamitosa", pois a questão da mudança climática "é essencial" e "todo o mundo sabe os esforços consideráveis que precisaremos fazer".

"O presidente dos Estados Unidos decidiu, premier francês decidiu, em boa consciência, se retirar (do Acordo de Paris). Então ele diz ao mundo que espera resolver os problemas sozinho".

Já o ministro das Relações Exteriores da França durante a negociação do Acordo de Paris, Laurent Fabius, disse hoje que a retirada dos EUA é uma "falta vergonhosa" e "um grande erro".

Em uma entrevista ao canal "France 2", Fabius criticou o "lote de mentiras" proferido sobre a questão do aquecimento global por Donald Trump e, nesse contexto, considera que "a única reação é a mobilização mundial, é o que há que fazer".

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