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França e Itália chegam a acordo preliminar sobre imigração na UE

Discussão complicada expôs divisões entre os países da União Europeia sobre imigração, com novo governo euro-cético da Itália ameaçando vetar acordos

UE: divisões europeias sobre a política de imigração minaram a unidade do bloco (Yves Herman/Reuters)

UE: divisões europeias sobre a política de imigração minaram a unidade do bloco (Yves Herman/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2018 às 20h14.

Bruxelas - A França e a Itália chegaram a um acordo preliminar nesta quinta-feira sobre uma proposta de imigração que levaria a centros de processamento em países da União Europeia, embora o acordo careça do apoio de outros países da UE, disseram autoridades.

Autoridades francesas anunciaram o acordo inicial depois de conversas acaloradas sobre imigração na cúpula da UE em Bruxelas. Porém, Malta, Espanha e Holanda, que disseram inicialmente ser a favor, mais tarde rejeitaram a proposta, de acordo com três diplomatas.

Uma fonte do governo italiano disse que Roma aceitaria o acordo sobre centros de imigração apenas se todos os países da UE concordassem e se esses centros fossem montados em vários dos membros do bloco. Atualmente, a maior parte dos imigrantes que vêm da África chegam na Itália.

Sob o acordo preliminar, "centros controlados" processariam pedidos de asilo de imigrantes.

Alguns minutos depois de os diplomatas franceses terem informado sobre o acordo, uma fonte do governo italiano disse que a Itália ainda bloquearia um acordo geral sobre imigração se ele não incluísse uma reforma nas regras de asilo da UE, conhecidas como a regulação de Dublin, um compartilhamento da responsabilidade e dos custo de resgatar imigrantes no Mediterrâneo e mais financiamento europeu à África.

A discussão complicada expôs grandes divisões entre os países da União Europeia sobre imigração, com o novo governo euro-cético da Itália ameaçando vetar acordos sobre outras questões discutidas pelos líderes europeus se nenhum progresso sobre imigração fosse feito nesta quinta-feira.

As divisões europeias sobre a política de imigração minaram a unidade da UE, ameaçaram seu espaço sem fronteiras e mergulharam a coalizão da chanceler alemã Angela Merkel na turbulência.

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