Mundo

França é alvo de múltiplos ataques desde janeiro de 2015

Ataque que deixou mais de 70 mortos na noite desta quinta-feira, em Nice, chega depois de vários realizados ou frustrados na França desde janeiro de 2015


	Peritos examinam caminhão que atropelou centenas de pessoas em Nice, na França
 (Eric Gaillard/Reuters)

Peritos examinam caminhão que atropelou centenas de pessoas em Nice, na França (Eric Gaillard/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 23h05.

O ataque que deixou mais de 70 mortos na noite desta quinta-feira, em Nice (sudeste), chega depois de vários realizados ou frustrados na França desde os atentados extremistas de janeiro de 2015 contra o semanário satírico Charlie Hebdo.

- De 7 a 9 de janeiro de 2015: Os irmãos Said e Cherif Kouachi mataram 12 pessoas em 7 de janeiro na sede do semanário satírico francês Charlie Hebdo, em Paris. Entre as vítimas estavam o diretor da publicação, vários de seus renomados cartunistas e dois policiais.

Após dois dias foragidos, as forças de segurança executaram os atacantes, entrincheirados em uma empresa nos arredores da capital.

Em 8 de janeiro, Amedy Coulibaly matou um policial e feriu um agente municipal em Montrouge, ao sul do País. E, um dia depois, fez reféns os clientes e funcionários de um supermercado de alimentos judaicos da capital francesa, matando quatro deles. Os agente o abateram durante o ataque, pouco depois da morte dos irmãos Kouachi.

Estes últimos foram reivindicados pela Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) e Amedy Coulibaly pelo grupo Estado Islâmico (EI).

- 3 de fevereiro de 2015: Em Nice, três militares de guarda frente a um centro da comunidade judaica foram agredidos com faca. O assaltante, Moussa Coulibaly, de 30 anos, foi rapidamente capturado. Em detenção, expressou seu ódio à França, aos militares e aos judeus.

- 19 de abril de 2015: Sid Ahmed Ghlam, estudante argelino de informática, foi detido em Paris por, supostamente, ter matado uma mulher e por preparar um atentado contra uma igreja de Villejuif, nos arredores do sul de Paris. O suspeito, que tinha em sua posse armas de guerra, estava fichado pelos serviços de informação por ter abraçado o islã radical. Além disso, confessa ter planejado outras ações.

- 26 de junho de 2015: Yassin Salhi matou e decapitou seu chefe Hervé Cornara antes de tentar alcançar a fábrica Air Products de Saint-Quentin-Fallavier (sudeste), ao jogar sua caminhonete contra cilindros de gás. Acabou sendo detido.

- 13 de julho de 2015: Quatro jovens de 16 a 23 anos, entre eles um militar que deu baixa, foram presos como suspeitos de planejar o ataque ao campo militar de Fort Béar (sudeste) e a decapitação gravada de um oficial em nome da jihad (guerra santa). Todos eles declararam lealdade ao EI.

- 21 de agosto de 2015: Dois militares americanos de férias neutralizaram um homem armado que abriu fogo a bordo de um trem Thalys, que faz a rota entre Amsterdã e Paris. Duas pessoas ficaram feridas, uma de bala e a outra de arma branca. O atacante, um jovem marroquino, foi detido.

- 13 de novembro de 2015: A França sofreu os piores atentados de sua história, que envolveram, pela primeira vez, atacantes suicidas. Os atentados atacam, em Paris, a casa de shows Bataclan, vários bares e restaurantes do centro da capital, assim como os arredores do Stade de France, situado mais ao norte, em Saint-Denis. Um total de 130 pessoas morreram, principalmente jovens, e mais de 350 ficaram feridas. O EI reivindicou os ataques.

- 7 de janeiro de 2016: Um homem armado com uma arma branca e um cinturão falso de explosivos foi abatido após gritar "Allahu Akbar" enquanto se aproximava de uma delegacia do norte de Paris. O atacante portava uma reivindicação manuscrita em árabe, na qual jurava lealdade ao chefe do EI.

- 13 de junho de 2016: Um extremista de 25 anos matou um policial em Magnanville, ao nordeste de Paris, na porta de sua casa e a companheira deste último no interior da residência. Agentes da unidade de elite da polícia francesa executaram Larossi Abdalla, que havia reivindicado sua ação nas redes sociais em nome do EI.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasAtentados em ParisEstado IslâmicoEuropaFrançaMetrópoles globaisPaíses ricosParis (França)Terrorismo

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA