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França e Alemanha exigem ação integral do acordo de Minsk

Após assinalar que os acordos de cessar-fogo "foram violados várias vezes", Hollande defendeu que o pacto firmado deve ser integralmente respeitado


	Após assinalar que os acordos de cessar-fogo "foram violados várias vezes", Hollande defendeu que o pacto firmado deve ser integralmente respeitado
 (Philippe Wojazer/Reuters)

Após assinalar que os acordos de cessar-fogo "foram violados várias vezes", Hollande defendeu que o pacto firmado deve ser integralmente respeitado (Philippe Wojazer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 13h46.

Paris - O presidente da França, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, exigiram nesta sexta-feira o cumprimento integral dos acordos de Minsk e que todas as medidas necessárias para "acabar com o banho de sangue" no leste da Ucrânia sejam tomadas.

Após assinalar que os acordos de cessar-fogo "foram violados várias vezes", Hollande defendeu em entrevista coletiva que o pacto firmado na última semana na capital da Bielorrússia deve ser integralmente respeitado.

O presidente da França disse também que vai manter as discussões com a Rússia e a Ucrânia para garantir o cumprimento de todos os itens do texto aprovado entre os quatro países (os três e a Alemanha).

Por outro lado, Merkel reconheceu que o processo "é difícil" e afirmou que novas sanções poderão ser aplicadas caso alguma das partes viole a trégua.

Apesar das ameaças, deixou claro que as reuniões conjuntas não buscam a aplicação dessas punições, mas "fazer algo pela paz e a estabilidade da região".

A chanceler lembrou que o primeiro acordo de Minsk, firmado em setembro de 2014, não especificava vários aspectos, o que permitiu que o governo ucraniano e os separatistas se aproveitassem das brechas.

No entanto, Merkel garantiu que os 13 pontos do novo pacto "devem ser aplicados rapidamente em alguns casos e nos próximos meses em outros".

Perguntado sobre a entrada de tanques de combates russos em território ucraniano, Hollande disse que não podia confirmar a informação. No entanto, alertou sobre o risco de uma escalada da violência caso a frágil trégua não seja respeitada.

Os separatistas pró-Rússia encerraram hoje as ações militares no leste da Ucrânia e começaram a retirar o armamento pesado em coordenação com a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), segundo o comando rebelde.

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