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França e Alemanha buscam frente comum para lidar com crise

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, se reúnem nesta terça-feira

Sarkozy e Merkel se esforçam para mostrar determinação para sair da crise e trabalham em torno de uma convergência sobre a taxação das transações financeiras
 (John Thys/AFP)

Sarkozy e Merkel se esforçam para mostrar determinação para sair da crise e trabalham em torno de uma convergência sobre a taxação das transações financeiras (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 09h17.

Paris - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, buscarão nesta terça-feira em reunião em Paris uma frente comum para lidar com a crise na zona do euro e acalmar os mercados, que na Europa abriram nesta manhã em baixa.

"Só sangue frio compartilhado, conjugado com forte reação, permitirá interromper a queda nos mercados. (...) O eixo franco-alemão é forte. Confio em que o presidente e os dirigentes europeus saibam traçar o melhor cenário possível que a Europa necessita", afirmou nesta terça-feira ao Le Figaro o secretário de Estado de Comércio francês, Frédéric Lefebvre.

Da reunião desta tarde no Eliseu, à qual seguirá uma entrevista coletiva e um jantar de trabalho, o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, já antecipou que não deve esperar "nada espetacular".

Embora a reunião estivesse prevista desde a cúpula do Eurogrupo em 21 de julho, a nova onda de especulação sobre a dívida espanhola e italiana, assim como os rumores que despertaram o temor dos investidores sobre os bancos franceses, demonstraram a insuficiência das medidas estipuladas e a dificuldade de sua aplicação.

Na cúpula dos ministros de Economia e Finanças, todos coincidiram sobre a necessidade do plano de ajuda à Grécia e as medidas para enfrentar os ataques contra as dívidas soberanas comecem o mais rápido possível para dar confiança aos mercados.

Sarkozy e Merkel se esforçam para mostrar sua determinação para sair da crise, e segundo o ministro de Economia francês, François Baroin, os dois países trabalham em torno de uma convergência sobre a taxação das transações financeiras.

Paris e Berlim afirmaram que não vão abordar a iniciativa da criação do eurobônus como medida para enfrentar a crise orçamentária e financeira de vários dos países-membros, um dos pontos mais radicais colocados por alguns sócios

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