Mundo

França diz que participará de operação militar se necessário

Os Estados Unidos estão costurando coalizão militar, política e financeira para derrotar militantes radicais, que controlam partes do Iraque e da Síria


	Laurent Fabius: ministro descartou categoricamente trabalhar com Assad
 (Regis Duvignau/Reuters)

Laurent Fabius: ministro descartou categoricamente trabalhar com Assad (Regis Duvignau/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 15h44.

Paris - A França afirmou nesta quarta-feira que participará das operações militares aéreas contra os militantes do Estado Islâmico no Iraque se for necessário, mas acrescentou que qualquer ação que adotar contra o grupo na Síria seria de outro tipo.

"No Iraque... participaremos da ação aérea militar se necessário. A situação na Síria é diferente”, afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, em discurso no renomado instituto de ciências sociais e políticas Sciences Po, em Paris.

“Na mídia há quem diga que a França está pronta para agir no Iraque, mas não na Síria. Não! Devemos agir nos dois casos, mas não com as mesmas abordagens”, disse o chanceler, de acordo com uma cópia de seu discurso enviada à Reuters.

Os Estados Unidos estão costurando uma coalizão militar, política e financeira para derrotar os militantes radicais, que controlam partes dos dois países mencionados.

Como parte destes esforços, o presidente francês, François Hollande, e Fabius viajarão a Bagdá na sexta-feira, véspera de uma conferência de potências regionais e internacionais que se reunirão em Paris na próxima segunda-feira para coordenar as iniciativas contra o Estado Islâmico.

“É necessária uma mobilização internacional para reagir a este perigo transnacional, que pode alcançar nosso território”, declarou Fabius. "No Iraque o governo e as minorias pediram ajuda, (e) respondemos com o envio de equipamento militar e ajuda humanitária”.

A França tem se mantido na retaguarda desde que ficou isolada no ano passado quando os EUA cancelaram ataques aéreos contra o governo do mandatário sírio, Bashar al-Assad, poucas horas antes de aviões franceses se colocarem de prontidão para decolar.

Fabius descartou categoricamente trabalhar com Assad, dizendo que o líder sírio contribuiu muito para os avanços do Estado Islâmico.

“É por isso que continuaremos a ajudar a oposição síria moderada que está combatendo o Estado Islâmico e Assad ao mesmo tempo”, afirmou.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaEuropaFrançaGuerrasIraquePaíses ricos

Mais de Mundo

Domo de Ferro, Arrow, C-Dome e Patriot: Conheça os sistemas de defesa aérea utilizados por Israel

Smartphones podem explodir em série como os pagers no Líbano?

ONU diz que risco de desintegração do Estado de Direito na Venezuela é muito alto

Quem é Ibrahim Aqil, comandante do Hezbollah morto em ataque de Israel a Beirute