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França diz que países europeus enviarão tropas à RCA

País já enviou 1.600 soldados à sua ex-colônia para evitar um agravamento da violência entre milícias cristãs e os rebeldes

Soldados Seleka em um veículo militar durante confrontos em Bangui, na República Centro-Africana (Emmanuel Braun/Reuters)

Soldados Seleka em um veículo militar durante confrontos em Bangui, na República Centro-Africana (Emmanuel Braun/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 21h48.

Paris/Bangui - Alguns países europeus enviarão soldados para ajudar a missão franco-africana a restaurar a ordem na República Centro-Africana, disse nesta terça-feira o chanceler francês, Laurent Fabius.

A França já enviou 1.600 soldados à sua ex-colônia para evitar um agravamento da violência entre milícias cristãs e os rebeldes, na maioria muçulmanos, do Seleka, que derrubaram o ex-presidente François Bozizé.

Centenas de pessoas foram assassinadas na semana de 5 de dezembro na capital do país, Bangui, quando combatentes de ambos os lados foram porta a porta executando civis. Algumas vítimas foram linchadas ou apedrejadas até a morte, disseram moradores.

Em uma reunião de chanceleres da União Europeia na segunda-feira, a França pediu mais ajuda aos aliados para reforçar sua missão de manutenção da paz para além da ajuda logística e financeira.

"Logo teremos no terreno soldados de nossos colegas europeus", disse Fabius em resposta a uma pergunta sobre a falta de apoio na República Centro-Africana.

A vida em Bangui pareceu voltar ao normal nesta terça-feira, com crianças brincando de futebol e táxis passando nas ruas menos de meia hora antes do início do toque de recolher, disse um repórter da Reuters.

Mas o grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional advertiu que o país precisa de mais soldados com urgência para proteger moradores na capital onde, segundo a organização, foram cometidos crimes de guerra.

Enquanto países europeus como Polônia, Reino Unido, Alemanha, Espanha e Bélgica já haviam oferecido várias formas de ajuda, os soldados franceses intervêm sozinhos pela segunda vez neste ano depois de expulsarem rebeldes islâmicos do Mali, outra ex-colônia francesa.

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