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França diz que não há intervenção na Líbia sem mandato da ONU

Ministro das Relações Exteriores disse que uma intervenção militar só pode ocorrer com autorização da ONU, mas defendeu a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia

Juppé descartou uma intervenção militar na Líbia sem um mandato da ONU (Martin Bureau/AFP)

Juppé descartou uma intervenção militar na Líbia sem um mandato da ONU (Martin Bureau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 15h15.

Paris - O novo ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, assegurou nesta terça-feira ante a Assembleia Nacional (câmara de Deputados) que não haverá uma intervenção militar na Líbia sem um mandato claro das Nações Unidas.

"Diferentes opções podem ser estudadas, em particular a de uma zona de exclusão aérea. Mas digo muito claramente que nenhuma intervenção será feita sem um mandato claro do Conselho de Segurança da ONU", afirmou Juppé.

Favoráveis a uma rápida criação de uma zona de exclusão aérea para impedir que os aviões militares do dirigente líbio Muamar Kadafi bombardeiem as zonas onde estão os civis opositores, os Estados Unidos anunciam na véspera uma mobilização de forças em torno da Líbia.

Mas a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia vai requerer a destruição prévia dos sistemas de defesa aérea desse país, segundo afirmou nesta terça o general americano James Mattis, no comando da zona, em uma audiência ante o Senado. "Isso constituirá uma operação militar", explicou ainda.

O primeiro-ministro britânico David Cameron considerou inadmissível que Kadafi "assassine seu povo" e enfatizou que, nestas circunstâncias, seria legítimo estudar a instalação de uma zona de exclusão aérea sobre o território líbio.

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