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França considera que atropelamento de militares foi "deliberado"

Ministro do Interior da França, Gérard Collomb, descartou que o atropelamento de militares nos arredores de Paris tenha sido um acidente

Gérard Collomb: ministro do Interior da França considerou que o atropelamento de militares foi um ato "deliberado" (Charles Platiau/Reuters)

Gérard Collomb: ministro do Interior da França considerou que o atropelamento de militares foi um ato "deliberado" (Charles Platiau/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 10h44.

O ministro do Interior da França, Gérard Collomb, descartou nesta quarta-feira que o atropelamento de militares nos arredores de Paris tenha sido um acidente e considerou que foi um ato "deliberado", antes de indicar que o estado de saúde dos seis agentes feridos é melhor do que o imaginado.

No hospital militar de Bégin, onde estão internados três dos feridos, Collomb apontou que os fatos aconteceram em um quartel do dispositivo antiterrorista da localidade de Levallois Perret, nos arredores da capital francesa.

Um carro que circulava pelo bairro em baixa velocidade acelerou contra um grupo de dez militares quando estava a cerca de 100 metros do mesmo.

Os agentes estavam se preparando para iniciar sua ronda, como parte do dispositivo militar desdobrado no país após os atentados de 2015.

Esse modo de agir leva as autoridades a pensar que "é um ato deliberado", indicou Collomb, que apontou que é a sexta vez que o dispositivo militar antiterrorista é atacado desde a sua criação.

O ministro afirmou que há um grande desdobramento policial em busca do carro e do motorista, única pessoa vista pelos militares dentro do veículo.

Collomb, que foi ao hospital acompanhado da ministra da Defesa, Florence Parly, apontou que o estado de saúde dos militares era menos grave do que se imaginava num primeiro momento.

Florence relatou que os agentes sofreram "arranhões" em várias partes do corpo, enquanto os mais afetados, que estão internados no hospital militar de Percy, na localidade de Clamart, "não estão gravemente feridos".

Os dois ministros concordam que este ataque demonstra que o nível de ameaça na França é "extremamente grade" e que a missão militar de vigilância antiterrorista é "mais necessária do que nunca".

Collomb, que disse que neste ano foram evitados sete atentados, afirmou que a nova força de combate antiterrorista preparada pelo governo permitirá desarticular outros ataques e fará com que "as condições de segurança do país melhorem".

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