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França confirma que destroços encontrados são do MH370

Investigadores descobriram no interior de parte de asa encontrada em Reunião números que provêm de peça fabricada pela Airbus Defence and Space para a Boeing


	Familiares de passageiros do voo MH370: juiz francês à frente do caso foi a Sevilha para "obter todos os dados úteis" para as pesquisas
 (França)

Familiares de passageiros do voo MH370: juiz francês à frente do caso foi a Sevilha para "obter todos os dados úteis" para as pesquisas (França)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 14h10.

Paris - O governo da França confirmou nesta quinta-feira que os números de série dos destroços de avião achados em julho na Ilha da Reunião, no oceano Índico, correspondem aos do Boeing MH370 da Malaysia Airlines desaparecido em março de 2014.

Os investigadores franceses descobriram no interior de um flap (parte da asa) encontrado em Reunião números que provêm de uma peça fabricada pela Airbus Defence and Space para a Boeing em sua fábrica em Sevilha, na Espanha.

Em coordenação com a Justiça espanhola, o juiz francês à frente do caso foi a Sevilha para "obter todos os dados úteis" para as pesquisas, informou em comunicado a Promotoria de Paris.

"A comunicação imediata dos dados relativos aos pedidos e fabricação das peças da aeronave, validada por um técnico da sociedade ADS-SAU, permite associar formalmente um dos três números achados no flap ao número de série do flap do Boeing 777 do voo MH370", acrescentou a Promotoria.

As autoridades da Malásia já tinham dado por certo que o pedaço pertencia ao da aeronave do voo MH370, que sumiu com 239 pessoas a bordo em 14 de março de 2014, 40 minutos depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, depois que alguém desligou os sistemas de comunicação.

A Promotoria francesa, no entanto, tinha se mostrado mais prudente ao assinalar que existia uma "forte presunção" de que fosse, mas ressaltando que não podia confirmar até que a investigação terminasse.

O pedaço da asa em questão e outras partes da fuselagem foram analisados nas instalações da Direção-geral da Aviação Civil da França por diferentes analistas internacionais.

A França lidera o inquérito sobre esses pedaços, já que há uma investigação aberta no país, pois quatro dos passageiros desaparecidos eram franceses.

Ao todo, três juízes de instrução dirigem a investigação na França, sendo um da seção antiterrorista, o que mostra o governo não fecha a porta a nenhuma hipótese sobre o ocorrido com esse voo que desapareceu de forma misteriosa.

Atualizado às 14h09.

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