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França avalia retirar Ordem da Legião de Honra de Bashar al-Assad

Considerada a maior condecoração concedida pelo país europeu, medalha foi dada ao presidente sírio por Jacques Chirac, em 2001

Al-Assad: medalha francesa pode ser retirada de estrangeiros que cometeram atos contrários à honra ou que foram condenados e presos (SANA/Reuters)

Al-Assad: medalha francesa pode ser retirada de estrangeiros que cometeram atos contrários à honra ou que foram condenados e presos (SANA/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de abril de 2018 às 21h18.

A França avalia iniciar um processo disciplinar contra o presidente da Síria, Bashar al Assad, para retirar a Ordem da Legião da Honra, a maior condecoração concedida pelo país, dada a ele em 2001 no governo de Jacques Chirac.

Fontes ouvidas pela Agência Efe confirmaram a possibilidade. Desde 2010, o Código da Legião da Honra estabelece que a medalha pode ser retirada de estrangeiros que cometeram atos contrários à honra ou que foram condenados e presos.

Bashar al Assad recebeu a Grande Cruz em 2001 das mãos de Chirac, que cumprimentou o presidente sírio por sua "atitude reformista". Apesar de se tratar de uma honraria nacional, a cerimônia foi realizada de maneira discreta. O primeiro-ministro da França na época, Lionel Jospin, sequer foi informado.

O atual presidente da França, Emmanuel Macron, planeja a retirada desde que chegou ao poder. No início de seu governo, Macron reconheceu que essa era uma "opção legítima".

A retirada é um gesto político pouco comum. Vários personagens polêmicos seguem com a homenagem do governo francês.

O debate foi ampliado para personagens já falecidos que também receberam a Ordem da Legião, como Benito Mussolini, Nicolae Ceausescu, Muammar Kadafi e Francisco Franco.

Em outubro do ano passado, a presidência da França também iniciou o processo para retirar a homenagem ao produtor americano Harvey Weinstein, acusado de assédio sexual e estupro.

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