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França apreende R$ 238 milhões em cocaína vinda do Brasil; 5 pessoas foram presas

Navio cargueiro Omicron Eagle saiu do porto de Paranaguá para a costa francesa com 630 kg da droga

Agência o Globo
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Publicado em 7 de abril de 2025 às 18h05.

Última atualização em 7 de abril de 2025 às 21h45.

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Ao menos cinco pessoas foram presas na França após a apreensão no mar de 630 kg de cocaína originária do Brasil, anunciou o Ministério Público de Rennes, na França, nesta segunda-feira.

O navio cargueiro de bandeira liberiana "Omicron Eagle" saiu do porto de Paranaguá, no Paraná, disse o promotor de Rennes, Frédéric Teillet, em uma entrevista coletiva.

As autoridades suspeitaram que o navio transportava "cocaína e se aproximava da costa europeia", e um "dispositivo de escuta telefônica permitiu revelar os preparativos" para recuperar as drogas, usando marinheiros e pescadores da cidade francesa de Ouistreham, disse ele.

Os pescadores, a bordo de um pequeno barco, recuperaram a carga "lançada ao mar (...) várias milhas náuticas a oeste das Ilhas do Canal de Guernsey e Jersey", enquanto o navio continuava seu caminho para Dunquerque, no norte da França.

Detenção e apreensão de drogas

Segundo o promotor, "antes de chegar ao porto", os pescadores "descarregaram a cocaína em um barco mais rápido que se dirigia à cidade de Tancarville" na madrugada de 4 de abril. Naquela noite, teve início "uma vasta operação preparada 18 meses antes", que facilitou "a prisão simultânea dos pescadores de Ouistreham, bem como de dois de seus parceiros, e da tripulação" da lancha onde a cocaína foi apreendida em Tancarville.

Inicialmente estimada em 800 kg, a quantidade de drogas apreendidas chegou a 630 kg sem embalagem, o que representa um valor de revenda de € 37 milhões (R$ 238 milhões), segundo Teillet.

“Os traficantes não conhecem o ambiente marinho, e nem todos são capazes de ir ao mar nas Ilhas do Canal para se aproximar de um navio de carga em movimento e recuperar pacotes de cocaína jogados na água”, disse o promotor.

As pessoas no "ambiente marinho devem entender claramente hoje que se participarem do tráfico de drogas, sofrerão as mesmas consequências criminais, financeiras e prisionais que os verdadeiros traficantes", acrescentou.

(Com AFP)

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