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França apreende quadro de Picasso de mais de 25 mi de euros

O quadro, "Head of a Young Woman", chamou a atenção dos funcionários da alfândega de Bastia


	Pablo Picasso: o artista espanhol foi pintor, escultor, cenógrafo e ceramista
 (NBC/NBCU Photo Bank via Getty Images)

Pablo Picasso: o artista espanhol foi pintor, escultor, cenógrafo e ceramista (NBC/NBCU Photo Bank via Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 07h23.

Paris - O Serviço de Alfândegas da França anunciou nesta terça-feira ter interceptado na sexta-feira passada na Córsega um quadro de Picasso avaliado em mais de 25 milhões de euro, pertencente ao banqueiro espanhol Jaime Botín, e que tinha como destino a Suíça, apesar de estar declarado como não exportável pelas autoridades espanholas.

O quadro, "Head of a Young Woman", chamou a atenção dos funcionários da alfândega de Bastia, que pediram ao proprietário do navio que o transportava, e que estava ancorado no porto esportivo de Calvi, os papéis pertinentes.

O homem "só apresentou um documento de avaliação da obra, assim como um relatório escrito em castelhano de maio de 2015 da Audiência Nacional espanhola, confirmando que se tratava de um tesouro nacional espanhol que em nenhum caso podia sair da Espanha", segundo um comunicado divulgado pelas autoridades francesas.

A obra, segundo a nota divulgada pelos meios de comunicação franceses, pertencia a Botín, de 79 anos, que não estava presente quando os agentes abortaram esta tentativa de exportação, que não estava sendo realizada em seu nome.

A Justiça espanhola tinha proibido o irmão do falecido presidente do Santander, Emilio Botín, de tirá-la do país no último mês de maio, aprovando uma decisão a respeito adotada pelo Ministério da Educação de 26 de julho de 2013, que confirmou sua "inexportabilidade".

A obra tinha sido considerada "única" pelos responsáveis do Patrimônio Histórico espanhol, enquanto o Museu Reina Sofía de Madri tinha destacado sua "excepcional importância".

O caso tem sua origem no pedido feito em 13 de dezembro de 2012 pela empresa de leilões Christie's Ibérica à secretaria de Estado de Cultura espanhola para sua exportação definitiva a Londres.

A Junta de Qualificação, Avaliação e Exportação de Bens do Patrimônio Histórico Espanhol decidiu poucos dias depois negar a autorização por "não existir uma obra semelhante no território espanhol".

As autoridades francesas esperam agora um eventual pedido de suas homólogas espanholas para recuperar a obra, adquirida por Botín em janeiro de 1977, procedente da Marlborough Fine Art de Londres. 

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