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França anunciará medidas por caso de ex-espião russo em breve

Macron lamentou a morte do ex-espião russo e disse que a Rússia é a mais provável responsável pelo caso

Macron: serviços franceses colaboraram com a investigação e "confirmam" a tese britânica (Etienne Laurent/Reuters)

Macron: serviços franceses colaboraram com a investigação e "confirmam" a tese britânica (Etienne Laurent/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de março de 2018 às 10h51.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, garantiu nesta quinta-feira que anunciará medidas "nos próximos dias" em resposta ao caso do ex-espião russo envenenado no Reino Unido.

Em entrevista à imprensa no centro da França, Macron condenou o ocorrido com o ex-espião e sua filha e insistiu que "tudo leva a crer que a responsabilidade é da Rússia".

Após ser atualizado sobre o andamento das investigações por parte da primeira-ministra britânica, Theresa May, o Palácio do Eliseu (sede da presidência francesa) comunicou esta manhã que chegou à mesma conclusão do Reino Unido sobre a responsabilidade russa e afirmou que "não há outra explicação plausível".

Macron explicou que os serviços franceses colaboraram com os britânicos na investigação e "confirmam" a tese britânica.

O presidente aproveitará a visita amanhã da chanceler alemã, Angela Merkel, ao Palácio do Eliseu para conversar com ela sobre os últimos detalhes do caso.

Macron, que participará do Fórum Econômico de São Petersburgo, na Rússia, nos dias 24 e 25 de maio, não indicou se as medidas afetarão diretamente a Rússia.

O francês se juntou a May na denúncia de que "qualquer uso de armas químicas" não deve "ficar impune" e lembrou "a importância do pleno respeito às convenções internacionais".

França e Reino Unido insistiram na "importância da unidade europeia e transatlântica em resposta a este fato", pelo qual o ex-espião russo Skirpal, de 66 anos, e sua filha Yulia, de 33, continuam internados em estado crítico em um hospital de Salisbury, no centro da Inglaterra.

May anunciou ontem sanções contra a Rússia, entre elas, a expulsão de 23 diplomatas russos e o congelamento dos contatos bilaterais com Moscou.

A Rússia considerou hoje as sanções uma "provocação grosseira e sem precedentes", e prometeu aplicar medidas contra o Reino Unido.

 

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