Mundo

França ameaça expulsar jovem que salvou bebê em 2015

O destino de Aymen Latrous ganhou a atenção da imprensa francesa após o malinês Mamoudou Gassama receber visto de residência após salvar uma criança

Pressão: ontem, sob pressão, as autoridades informaram que a expulsão foi cancelada e o caso será reexaminado (Dan Kitwood/Getty Images)

Pressão: ontem, sob pressão, as autoridades informaram que a expulsão foi cancelada e o caso será reexaminado (Dan Kitwood/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às 09h11.

Paris - Um tunisiano de 25 anos que salvou duas crianças - entre elas um bebê - de um incêndio em Paris, em 2015, corre o risco de ser expulso da França. O destino de Aymen Latrous, imigrante ilegal, ganhou a atenção da imprensa francesa após o caso do malinês Mamoudou Gassama, que recebeu, na semana passada, visto de residência após salvar uma criança que estava prestes a cair do quarto andar de um prédio da capital.

Os dois episódios foram usados por ONGs para reclamar do governo francês, que adotou novas medidas contra a "imigração econômica" - feita por pessoas que não teriam direito a asilo. O caso de Latrous foi lembrado ontem pelo jornal Le Parisien.

Formado em Informática, ele chegou à França em 2013. Em abril de 2015, resgatou duas crianças presas em um apartamento em chamas. Embora tenha sido noticiado na época, o caso não teve a mesma atenção do de Gassama. Latrous recebeu uma medalha e solicitou sua regularização. Mas, após examinar a situação, a chefia de polícia da região de Val-d’Oise  não só indeferiu o pedido como emitiu uma ordem de expulsão.

Ontem, sob pressão, as autoridades informaram que a expulsão foi cancelada e o caso será reexaminado. "A nova instrução de pedido de visto levará em conta o ato positivo e altruísta de Latrous", informou a chefia de política de Val-d’Oise .

Acompanhe tudo sobre:FrançaImigraçãoMaliONGsParis (França)Super-heróis

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'