Soldado no Mali: preocupação é que os combatentes possam usar a região como base para ataques mais amplos (KENZO TRIBOUILLARD/AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 10h07.
Paris - A França adiou planos de remanejar 3.000 soldados para combater militantes na região africana do Sahel, dizendo que primeiramente precisa ajudar a conter uma nova onda de violência no norte do Mali.
Paris esperava mover as tropas de sua ex-colônia do Mali e de outras bases para combater grupos islâmicos que operam entre o sul da Líbia, o norte do Chade e o norte do Níger.
A preocupação é que os combatentes possam usar a região como base para ataques mais amplos. Mas esses planos foram paralisados depois que conflitos mortais irromperam entre tropas do governo do Mali e separatistas tuaregues do movimento MNLA no norte do país durante o último fim de semana, disseram autoridades.
“Dados os eventos das últimas 48 horas, a operação para transferir a operação Serval (no Mali) para a força do Sahel-Sahara deve ser adiada por várias semanas”, disse uma fonte do ministério da Defesa nesta terça-feira.
A França originalmente enviou tropas para o Mali após grupos islâmicos ligados à al Qaeda terem tirado vantagem de uma rebelião do povo tuaregue e tomado controle do norte do país em 2012.
Uma missão militar liderada pelos franceses, conhecida como Serval, os fez recuar no ano passado. Depois que a intervenção afastou esses grupos das grandes cidades e municípios, o governo do Mali e separatistas assinaram um acordo na capital de Burkina Faso, Ouagadougou, para negociar sobre uma maior autonomia para o norte, mas pouco progresso foi alcançado desde o ano passado, e as tensões têm aumentado gradualmente.
Uma fonte militar francesa disse que não há nova data para a transferência das tropas para o oeste africano, originalmente agendada para o fim de maio.