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Fracassa nova tentativa para escolher presidente do Líbano

Parlamento do Líbano fracassou pela 9ª vez para escolher um novo presidente por falta de quórum


	Governo do Líbano: posto está vago desde o último dia 25 de maio
 (afp.com/Anwar Amro)

Governo do Líbano: posto está vago desde o último dia 25 de maio (afp.com/Anwar Amro)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 13h14.

Beirute - O Parlamento do Líbano fracassou nesta quarta-feira pela nona vez para escolher um novo presidente por falta de quórum, como já ocorreu nas votações anteriores por causa das diferenças entre os principais blocos políticos.

O presidente da câmara, Nabih Berri, suspendeu a sessão depois que os parlamentares da coalizão do 8 de Março, liderada pelo grupo xiita Hezbollah e aliado do regime da Síria, boicotaram a votação.

Berri convocou os deputados para o próximo 12 de agosto, naquela que será a décima tentativa de escolher um chefe de Estado, um posto vago desde o último dia 25 de maio, quando expirou o mandato de seis anos de Michel Suleiman.

Para que possa acontecer a votação, é necessária a presença de dois terços dos deputados (86 dos 128), e para escolher o presidente, a aprovação da maioria absoluta.

Até agora há dois candidatos em disputa: Samir Geagea, chefe do partido Forças Libanesas e membro da coalizão do 14 de Março, contrária ao regime sírio, e Henri Helu, apoiado pelo líder druso Walid Jumblatt.

Por sua parte, o general Michel Aoun, aliado do Hezbollah, não declarou oficialmente sua candidatura e propôs que a eleição aconteça por sufrágio universal em dois turnos, uma para os cristãos e outra para todos os libaneses, o que exigiria uma emenda da Constituição.

Em entrevista coletiva, Geagea ressaltou hoje que "o boicote não tem justificativa" e que o objetivo desses deputados é que seu candidato - Michel Aoun - seja presidente.

Segundo o sistema confessional em vigor no Líbano, o presidente deve pertencer à comunidade cristã maronita; o primeiro-ministro à muçulmana sunita; e o chefe do Parlamento, à muçulmana xiita.

Em caso de vazio presidencial, como ocorre agora, o Conselho de Ministros é o encarregado de dirigir o país.

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