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Foxconn terceiriza administração de dormitórios de trabalhadores

Taipé - A Foxconn Technologies, empresa de Taiwan criticada por suas políticas trabalhistas após uma série de suicídios de funcionários, vai terceirizar o gerenciamento dos dormitórios de sua força de trabalho em Shenzhen, no sul da China, informou a companhia nesta sexta-feira. Dez suicídios ocorridos este ano no enorme complexo industrial da Foxconn levantaram intensas […]

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2010 às 14h36.

Taipé - A Foxconn Technologies, empresa de Taiwan criticada por suas políticas trabalhistas após uma série de suicídios de funcionários, vai terceirizar o gerenciamento dos dormitórios de sua força de trabalho em Shenzhen, no sul da China, informou a companhia nesta sexta-feira.

Dez suicídios ocorridos este ano no enorme complexo industrial da Foxconn levantaram intensas críticas e investigações sobre a companhia, que produz iPhones e outros produtos da Apple e que também conta com a Dell e a HP entre seus clientes.

A controladora da Foxconn, Hon Hai, informou este mês durante reunião de acionistas que iria terceirizar a administração dos dormitórios, que abrigam cerca de 450 mil trabalhadores, a maioria migrantes de regiões mais pobres do interior da China.

Em comunicado, a Foxconn informou que vai transferir a gerência para as empresas especializadas Shenzhen CPM Property Management e Kaiyuan Property Management.

"Fornecer aos empregados condições básicas, incluindo um lugar seguro e conveniente para morar no local de trabalho pode ter sido o bastante no passado, mas essa organização não satisfaz mais as necessidades dos jovens trabalhadores migrantes de hoje", disse Terry Cheng, vice-presidente corporativo da Foxconn.

"Eles também querem ter uma vida na cidade na qual trabalham. É por isso que companhias, governos e comunidades precisam trabalhar juntos para ampliar as redes de apoio para que os funcionários tenham um senso mais forte de inclusão e possam integrar-se melhor na comunidade", disse ele.

Os suicídios, os quais a companhia afirmou que não estão relacionados a duras condições de trabalho, desencadearam uma série de insatisfação entre os trabalhadores na China, que buscam melhores condições trabalhistas.

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