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Fortes chuvas causam inundações na Tailândia

O rápido aumento do nível da água provocou o transbordamento do rio Yom, afluente do rio Chao Praya, nas províncias de Ayuthaya e de Sukhothau


	Enchente na Tailândia: as inundações que paralisaram a Tailândia no final de ano passado evidenciaram os excessos de um desenvolvimento desordenado
 (Paula Bronstein/Getty Images)

Enchente na Tailândia: as inundações que paralisaram a Tailândia no final de ano passado evidenciaram os excessos de um desenvolvimento desordenado (Paula Bronstein/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 15h09.

Bangcoc - As inundações causadas pelas fortes chuvas que atingiram pelo menos duas províncias ao norte da capital da Tailândia fazem com que a população tema viver uma situação parecida com a ocorrida há quase um ano e que provocou a morte de mais de 700 pessoas.

O rápido aumento do nível da água provocou o transbordamento do rio Yom, afluente do rio Chao Praya, nas províncias de Ayuthaya e de Sukhothau.

Centenas de moradores da cidade de Sukhothai, a cerca de 420km de Bangcoc, abandonaram suas casas e lojas depois que as ruas da cidade ficaram inundadas por mais de um metro de água.

Equipes da Defesa Civil, auxiliadas por soldados e policiais, utilizam barcos para evacuar pessoas em locais inundados. Esses habitantes estão acomodados em abrigos temporários.

A primeira morte foi registrada na província de Petchabum. Um homem morreu afogado após ser arrastado pela enchente enquanto tentava proteger sua casa, informou a rede de televisão estatal.

A situação é parecida em seis bairros de Ayhuthaya, a cerca de 60km de Bagcoc e uma das províncias mais atingidas pelas inundações ocorridas entre setembro e novembro de 2011 e consideradas as piores do país nos últimos 50 anos.

As inundações de 2011, que causaram 745 mortes, paralisaram quase totalmente a indústria nacional e deixaram mais de 650 mil tailandeses sem trabalho.


'Peço desculpas aos moradores de Sukhothai, já que desconhecíamos que os diques de contenção estavam danificados', disse à imprensa o chefe da Comissão para a Gestão das Inundações e ministro de Ciência e Tecnologia, Plodprasop Suraswadi.

Apesar das promessas do governo de que as medidas adotadas são suficientes para controlar os níveis de água, elas não impediram que novas inundações assolassem o país. O governo investiu US$ 11 bilhões (R$ 22,1 bilhões) para tentar conter esse tipo de tragédia climática, valor incluído no orçamento de quase US$ 45 bilhões (R$ 90,7 bilhões) que foi aprovado para adequar toda a rede fluvial do país.

As autoridades centraram as obras de drenagem de canais nos arredores de Bangcoc. Em uma aparente tentativa de reduzir a preocupação da população e dos investidores perante uma eventual piora da situação, a primeira-ministra Yingluck Shinawatra afirmou que 'o sistema de alarme de desastres funciona em todas as áreas'.

Segundo a Federação Tailandesa de Indústrias, o desastre causado no ano passado pelas inundações para o setor privado chegou a perdas no valor de US$ 41,979 bilhões (R$ 84,6 bilhões)

Yingluck, que assumiu o governo no início das inundações do ano passado, ordenou o destacamento de equipes para retirar moradores de áreas inundadas, vigiar o nível das águas dos rios e açudes e reparar com prontidão os diques que cedem com a força de água.

Em entrevista coletiva, o chefe da Comissão para a Gestão das Inundações disse que impedir enchentes 'às vezes escapa do controle', embora tenha especificado que as inundações deste ano 'serão menos intensas do que as do ano passado, já que o volume de chuva é, por enquanto, 20% menor'.

Segundo um estudo divulgado em agosto pelo Banco Asiático de Desenvolvimento, as inundações que paralisaram a Tailândia no final de ano passado evidenciaram os excessos de um desenvolvimento desordenado e com infraestruturas deficientes. 

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