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Teste nuclear da Coreia do Norte causa terremoto

O forte tremor detectado neste domingo (3) na Coreia do Norte foi causado por um novo teste atômico, segundo governo do Japão

Coreia do Norte: País realizou seu sexto teste nuclear neste domingo (3) (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: País realizou seu sexto teste nuclear neste domingo (3) (KCNA/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de setembro de 2017 às 10h17.

Última atualização em 3 de setembro de 2017 às 10h48.

Tóquio - O forte tremor detectado neste domingo (3) na Coreia do Norte na região que abriga as instalações nucleares a nordeste do país foi causado por um novo teste atômico, segundo afirmou o governo do Japão após analisar dados do terremoto.

"Chegamos à conclusão que a Coréia do Norte realizou seu sexto teste nuclear", disse em coletiva de imprensa o ministro de Assuntos Exteriores japonês, Taro Kono, após dizer que o tremor atingiu 6,1 graus na escala aberta de Ritcher e teve seu hipocentro a muito pouca profundidade.

O tremor foi detectado à 12h36 (horário local, 0h36 em Brasília) na província de Hamgyong do Norte, no nordeste do país e fronteiriça com a China, onde fica a base de testes nucleares de Punggye-ri, local dos cinco testes atômicos norte-coreanos até hoje.

Seul apontou que o terremoto teve 5,7 graus de magnitude e foi originado por "causas artificiais", "possivelmente" um teste atômico, segundo comunicado do comando conjunto das forças sul-coreanas.

O Centro de Redes Sismológicas da China indicou que o tremor foi de 6,3 graus Ritcher e se originou a menos de um quilômetro de profundidade, e informando da detecção de um segundo terremoto de menor intensidade (4,6 graus) cerca de oito minutos após o primeiro.

A Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO) também confirmou a deteção de um "evento sísmico fora do comum" na Coreia do Norte, com uma magnitude "mais forte que nos testes nucleares declarados anteriores" do país asiático.

O Exército sul-coreano elevou seu nível de alerta ao máximo diante da nova provocação do país vizinho, enquanto que Tóquio enviou aviões de reconhecimento das suas forças aéreas para medir possíveis variações nos níveis de radiotividade no ar.

Tóquio, Seul e Washington querem fazer uma conferência por telefone hoje para analisar a situação e dar uma resposta conjunta ao novo teste nuclear de Pyongyang, que acontece na mesma semana em que o regime de Kim Jong-un lançou um míssil balístico que caiu no Pacífico.

O aparente sexto teste nuclear norte-coreano acontece algumas horas depois de Pyongyang ter anunciado que desenvolveu uma bomba de hidrogênio que pode ser instalada em um míssil balístico intercontinental (ICBM).

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