Terremoto no Japão, em março de 2011: O terremoto de hoje foi classificado como "5 inferior" na escala japonesa que vai de 1 a 7, em Miyagi (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 07h40.
Tóquio - Um forte terremoto com epicentro na costa do nordeste do Japão sacudiu edifícios até em Tóquio, nesta sexta-feira, e provocou um alerta de tsunami perto da área devastada pelo desastre de Fukushima no ano passado.
O terremoto teve uma magnitude preliminar de 7,3, informou o Serviço Geológico dos EUA, acrescentando que não havia risco de tsunamis generalizados. Não houve relatos imediatos de mortes ou feridos.
O tremor atingiu a mesma área que o devastador terremoto seguido por tsunami em março do ano passado, que matou cerca de 20 mil pessoas e desencadeou a pior crise nuclear do mundo em 25 anos na usina de Fukushima.
Operários da usina nuclear foram orientados a buscar lugares elevados após o terremoto desta sexta. A Tokyo Electric Power Co, operadora de Fukushima, não relatou irregularidades em suas usinas.
O terremoto foi classificado como "5 inferior" na escala japonesa que vai de 1 a 7, em Miyagi, o que significa que pode haver algum dano a estradas e casas que são menos resistentes terremotos.
Um alerta de tsunami de um metro foi emitido para a costa de Miyagi, que esteve no centro da devastação causada no desastre de março de 2011. Todos os trens de Miyagi interromperam a circulação e o aeroporto de Sendai, que foi alagado pelo tsunami no ano passado, fechou as pistas.
O tremor de 2011, que foi classificado como 9, provocou um colapso da usina nuclear de Fukushima, causando vazamento de radiação, contaminação de comida e água e a retirada de pessoas em massa. Grande parte da área ainda está isolada para pessoas.
"Os cidadãos estão agora escapando para centros designados de evacuação e indo para lugares mais altos", disse o funcionário de escritório Naoki Ara em Soma, a 30 quilômetros da usina Fukushima-Daiichi.
O primeiro-ministro Yoshihiko Noda cancelou a campanha eleitoral em Tóquio para a eleição de 16 de dezembro e retornou ao gabinete, mas não havia planos de uma reunião de emergência sobre o terremoto.