Nevasca em Istambul: mais de 270 voos foram cancelados pela forte onda de frio (Murad Sezer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 14h30.
Belgrado - Forte nevasca e temperaturas ultra baixas têm levado à dezenas de mortes, congelamento de rios, cancelamentos de voos e acidentes de trânsito em partes da Europa. Na Turquia, mais de 270 voos foram cancelados.
Na Polônia, o governo disse que 10 pessoas morreram de frio no domingo, subindo o número de mortes para 65 desde 1º de novembro, quando as temperaturas, especialmente à noite, aprofundavam no negativo.
A porta-voz do Centro de Segurança do Governo, Anna Adamkiewicz, disse nesta segunda-feira que as mortes ocorreram em todo o país, ao ar livre ou em casas de verão ou abandonadas. As vítimas eram nove homens, com idade entre 32 e 69 anos, e uma mulher, com 52 anos.
Enquanto isso, na Turquia, a companhia aérea Turkish Airlines cancelou nesta segunda-feira 277 voos domésticos e internacionais em dois aeroportos de Istambul devido à neve pesada. Escolas em torno de Istambul ficaram fechadas.
Em Moscou, na Rússia, duas pessoas morreram e 190 pessoas com hipotermia procuraram ajuda médica na capital entre a véspera de Ano Novo e 8 de janeiro, o último dia do período de férias na Rússia, de acordo com agências de notícias russas.
O Serviço Meteorológico russo disse o dia 6 de janeiro foi o dia mais frio em Moscou desde 1987, quando as temperaturas caíram abaixo de -31°C.
As escolas de Moscou, no entanto, abriram nesta segunda-feira após o recesso de férias. Por outro lado, nas zonas rurais, as escolas permaneceram fechadas no Tyumen, Khanty-Mansiysky, regiões de Sverdlovsk e Yamalo-Nenets onde as temperaturas estão em torno de -35ºC.
Na República Checa, a rádio pública relatou que acredita-se que seis pessoas morreram, incluindo na capital, Praga.
Enquanto isso, na Sérvia e na Croácia, autoridades de emergência decretaram medidas de emergência em diversas regiões.
As nevascas bloquearam estradas e atingiram aldeias. Apesar da temperatura de -28ºC, os moradores de aldeias remotas na região das montanhas de Golija, na Sérvia, recusaram as ofertas das autoridades para saírem de suas casas porque não abandonariam seus animais.
Os aldeões, em sua maioria idosos, disseram que preferem congelar do que abandonar suas ovelhas, cabras, vacas e galinhas. "Temos madeira e comida para os animais", diz Dragomir, um idoso residente. "Vamos esperar".