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Forças sírias ocupam Aleppo à véspera de conversas entre Turquia e Rússia

Os avanços recentes do governo sírio na região abalaram a frágil cooperação entre Ancara e Moscou, que apoiam lados diferentes do conflito

A cidade de Aleppo após 7 anos de guerra na Síria (Omar Sanadiki/Reuters)

A cidade de Aleppo após 7 anos de guerra na Síria (Omar Sanadiki/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de fevereiro de 2020 às 16h19.

Forças do governo da Síria fizeram avanços significativos neste domingo na província de Aleppo, no noroeste do país, tomando a maior parte da região controlada por rebeldes, afirmou a imprensa estatal, um dia antes de uma nova rodada de discussões entre Turquia e Rússia sobre a escalada do conflito na região.

Os avanços recentes do governo sírio na região abalaram a frágil cooperação entre Ancara e Moscou, que apoiam lados diferentes do conflito, mas têm colaborado em busca de uma solução política à guerra que dura quase nove anos.

A Turquia, que apoia rebeldes que tentam derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad, está irritada desde que ataques sírios à região de Idlib mataram 13 soldados turcos em duas semanas. Pediu que a Rússia interrompa os ataques, alertando que usaria força militar para obrigar as forças sírias a recuar, a menos que elas se retirem até o fim do mês.

No domingo, aviões de guerra da Rússia realizaram fortes ataques aéreos na província de Aleppo, bombardeando cidades como Anadan, que posteriormente foi tomada por forças sírias auxiliadas por milícias apoiadas pelo Irã, afirmaram ativistas.

Fontes militares dos rebeldes afirmaram que soldados da oposição retiraram-se da área, incluindo Anadan e a cidade de Haritan.

“No primeiro dia, eles tomaram uma área onde durante oito anos não conseguiram tomar uma única vila”, disse Rami Abdulrahman, diretor do Observatório de Direitos Humanos da Síria, baseado no Reino Unido.

“É um avanço muito rápido do regime (sírio) na região”, disse Abdulrahman. “As facções retiraram-se da maior parte da área”,  acrescentou. O Observatório afirmou que as forças sírias tomaram 13 cidades e vilas na região.

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