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Forças sírias executam 15 pessoas no norte do país

A execução aconteceu na cidade de Al Mastuma, onde as forças de Assad chegaram com franco-atiradores e enfrentaram combatentes rebeldes


	Um morador segura um colar de oração próximo a prédios danificados por mísseis: pelo menos 60.000 pessoas morreram no conflito sírio desde março de 2011
 (Karm Seif/Shaam News Network/Divulgação)

Um morador segura um colar de oração próximo a prédios danificados por mísseis: pelo menos 60.000 pessoas morreram no conflito sírio desde março de 2011 (Karm Seif/Shaam News Network/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 08h20.

Cairo - As forças do governo da Síria executaram 15 pessoas em um povoado da província de Idlib, no norte do país, enquanto prosseguem os confrontos com insurgentes em diversos pontos do país, informaram nesta terça-feira grupos opositores.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, a execução de 15 homens aconteceu na cidade de Al Mastuma, onde as forças do presidente sírio, Bashar al Assad, chegaram com franco-atiradores e enfrentaram combatentes rebeldes.

Este fato foi confirmado pela também organização opositora Rede Sham, que disse que o número de mortos foi de 17 pessoas.

Em Alepo, outra província do norte da Síria, houve duros confrontos entre as forças do regime e os rebeldes no bairro de Karam al Jabal, acrescentou o Observatório.

Além disso, segundo a Rede Sham, em Damasco e sua periferia o regime sírio bombardeou várias localidades como Beit Sahm, Yalda, Dariya, Muadamiya al Sham e Al Sabina, e enfrentou o Exército Livre Sírio (ELS) no subúrbio de Barzeh.

Por sua vez, a Comissão Geral da Revolução Síria informou que na província de Hama os soldados de Assad bombardearam a cidade de Tayeba al Iman e enfrentaram os combatentes do ELS.


Ontem, Assad se dirigiu à nação pela primeira vez em 2013 com um discurso no qual prometeu continuar o que chamou de "guerra contra o terrorismo" e lançou uma nova proposta política, rejeitada taxativamente pela oposição.

Em seu plano de três fases para a obtenção de um acordo político na Síria, o governante exigiu que, em primeiro lugar, seja interrompido o fornecimento de armas e o apoio financeiro aos "terroristas", para que depois o exército sírio cesse suas operações e assim permita o retorno dos deslocados.

Após o fim das hostilidades, seria convocada uma conferência global que abriria a segunda fase do roteiro, que prevê um diálogo nacional, a elaboração de uma nova Constituição e a formação de um amplo governo de consenso.

Esse novo Executivo prepararia eleições parlamentares, que abririam passagem à terceira fase, na qual seria concedida uma anistia geral e começaria a ser reabilitada a infraestrutura do país.

Pelo menos 60.000 pessoas morreram no conflito sírio de março de 2011 a novembro de 2012, de acordo com dados da ONU. 

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