Soldado americano no Iraque: “Esta operação foi deliberadamente planejada e lançada depois de recebermos informação de que os reféns estavam em risco iminente de uma execução em massa” (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2015 às 09h49.
Forças norte-americanas e curdas entraram ontem (22) em uma prisão do grupo Estado Islâmico (EI) no Norte do Iraque e libertaram cerca de 70 prisioneiros em risco iminente de execução, revelou o Pentágono.
Um militar norte-americano morreu, após ferimentos que sofreu durante a operação, sendo a primeira baixa entre as forças norte-americanas, desde que começou a campanha liderada pelos Estados Unidos contra o EI no Iraque, em junho de 2014.
Por outro lado, cinco homens do EI foram capturados e vários outros mortos no ataque, que teve como alvo um complexo perto de Hawijah, disse o assessor de imprensa do Pentágono, Peter Cook.
“Esta operação foi deliberadamente planejada e lançada depois de recebermos informação de que os reféns estavam em risco iminente de uma execução em massa”, afirmou Cook, em comunicado.
Este ataque a Hawijah parece quebrar com o modo de atuação dos norte-americanos no Iraque, que estão no país para apoiar as forças do Governo mas não se envolvem diretamente em combates ou ataques, de acordo com a política de Barack Obama de não enviar tropas para atividades em terra.
No entanto, Cook descartou a ampliação do papel dos Estados Unidos no Iraque. “Esta é uma situação única”, disse, acrescentando que a missão recebeu luz verde do secretário da Defesa, Ashton Carter, e que a Casa Branca foi notificada.
Segundo Cook, a intervenção ocorreu porque o Governo curdo pediu “assistência”, no entanto, “os Estados Unidos não estão em missão de combate ativo no Iraque”.