De acordo com o chefe da Polícia de Al-Anbar, Hadi Razich, as forças iraquianas cercaram os combatentes do EI em Ramadi, capital de Al-Anbar, por três frentes (Ahmad al-Rubaye/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2015 às 12h02.
Bagdá - As forças iraquianas conquistaram avanços nas províncias de Al-Anbar e Saladino em sua luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) pelo terceiro dia consecutivo, segundo disseram nesta quinta-feira responsáveis policiais de ambas regiões vizinhas.
De acordo com o chefe da Polícia de Al-Anbar, Hadi Razich, as forças iraquianas cercaram os combatentes do EI em Ramadi, capital de Al-Anbar, por três frentes: leste, sul e oeste.
Razich também indicou em comunicado que as tribos sunitas mostraram seu desejo de contribuir nas operações de libertação das localidades da província.
O chefe insistiu que o plano traçado para a libertação da província avança segundo o previsto e que muitos de seus habitantes se uniram como voluntários aos chamados "Batalhões de emergência".
Além disso, o responsável policial disse que 1,7 mil agentes e oficiais de Al-Anbar tinham se apresentado no quartel militar de Al Habaina para contribuir na reconquista de Ramadi.
A fonte acrescentou que as forças armadas e a milícia xiita "Multidão Popular" impuseram um cerco completo à cidade após libertar as zonas de Al Tash, Hamira e Al Ankur, no sul de Ramadi, e Hasiba Oriental, no leste, lugares aos que chegaram reforços.
Quanto a Saladino, uma fonte da direção das Operações da cidade de Samarra disse à Agência Efe que dez soldados das forças de segurança e das milícias xiitas morreram e 23 ficaram feridos nos combates das últimas 24 horas na zona.
Os enfrentamentos ocorrem na zona da "Al Jazeera", ao oeste de Samarra e limítrofe com Al-Anbar, onde o Exército pretende recuperar o controle da jazida petroleiro de Lain, no qual conseguiu avanços.
Nestes choques faleceram pelo menos 15 membros do EI e dezenas ficram ferimentos.
O principal alvo da atual ofensiva é recuperar Ramadi, arrebatada do Exército pelos jihadistas em 17 de maio em uma operação relâmpago que forçou a fuga precipitada dos soldados iraquianos.
A queda de Ramadi supôs um duro revés para o governo de Bagdá enquanto se concentrava nos preparativos para libertar Al-Anbar como passo prévio à reconquista de Mossul, principal reduto do EI no Iraque.