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Forças de Kadafi matam 16 em Misrata

Pelo menos cinco mortos éram crianças; coalizão internacional começou ataques a cidade para enfraquecer o ditador

Rebeldes preparam munição na Líbia: ataques de Kadafi seguem em diversas cidades (AFP)

Rebeldes preparam munição na Líbia: ataques de Kadafi seguem em diversas cidades (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 16h37.

Benghazi, Líbia - Pelo menos 16 pessoas morreram nesta quarta-feira, entre elas cinco crianças, e outras 23 ficaram feridas na cidade de Misrata, a 210 quilômetros de Trípoli, por ataques das forças que apoiam o regime de Muammar Kadafi.

O porta-voz do Conselho Nacional Transitório Interino (CNRT), Abdel Hafiz Ghoga, explicou em entrevista coletiva em Benghazi que "há franco-atiradores posicionados nos terraços dos edifícios, e as forças de segurança (de Kadafi) bloqueiam as entradas dos hospitais".

Esses ataques ocorreram apesar de aviões da coalizão internacional desdobrada na Líbia para impor a zona de exclusão aérea terem bombardeado nesta quarta-feira posições do regime em Misrata, isolada entre Trípoli e Sirte, informou o canal "Al Jazeera".

Além disso, pelo menos seis pessoas morreram nesta quarta-feira e outras 13 ficaram feridas em ataques das forças de Kadafi em Zintan, no oeste da capital líbia, onde nesta terça-feira foram registradas outras dez mortes, indicou Hoga.

Já na estratégica cidade de Ajdabiya, a 160 quilômetros ao sul de Benghazi, pelo menos duas pessoas perderam a vida e outras seis ficaram feridas pelo impacto de foguetes Katyusha dos partidários do dirigente líbio.

"Alguns foguetes caíram sobre três edifícios que ficaram destruídos, mas não houve vítimas porque as pessoas foram retiradas do local previamente", acrescentou Hoga.

Quanto à situação em Trípoli, Hoga assinalou que "está totalmente controlada pelas forças de segurança de Kadafi, presentes em cada rua e em muitos edifícios, de tal forma que não é fácil se deslocar e quem sai de casa se arrisca a ser preso".

Mesmo assim, Hoga destacou que nesta quinta-feira houve protestos antigovernamentais em vários bairros da capital que foram "brutalmente reprimidos com centenas de presos e muitos mortos"

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