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Forças de Kadafi bombardeiam arredores de Misrata, dizem rebeldes

São travados intensos combates na cidade e os porta-vozes e os veículos de imprensa do regime afirmaram em várias ocasiões que a cidade fora recuperada

Misrata é a terceira maior cidade da Líbia e a única que permanecia sob controle insurgente no oeste do país (Roberto Schmidt/AFP)

Misrata é a terceira maior cidade da Líbia e a única que permanecia sob controle insurgente no oeste do país (Roberto Schmidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 06h45.

Argel - As tropas do líder líbio, Muammar Kadafi, bombardeiam por terra desde a manhã desta sexta-feira posições dos rebeldes nas estradas que conduzem a Misrata desde o oeste e o sudoeste da cidade, segundo afirmou o porta-voz rebelde Sadun al Misraty à cadeia "Al Jazira".

O porta-voz assegurou que os bombardeios "prosseguem por mais de três horas e há muitas vítimas", sem precisar o número exato.

"Há pelo menos 25 tanques e vários blindados e veículos para o transportes de tropas nos arredores de Misrata", disse Misraty, membro do comitê informativo do Conselho Nacional Transitório (CNT), de acordo com a emissora catariana.

Além disso, o porta-voz previu que as tropas de Kadafi tentarão "invadir" Misrata e as cidades sob controle rebelde "o mais rapidamente possível para instalar-se nos centros das cidades e tomar seus habitantes como escudos humanos, para evitar assim bombardeios aéreos" de tropas estrangeiras após a aprovação da zona de exclusão aérea pelo Conselho de Segurança da ONU.

Misrata é a terceira maior cidade da Líbia e a única que permanecia sob controle insurgente no oeste do país.

Há dias são travados intensos combates Misrata e os porta-vozes e os veículos de imprensa do regime afirmaram em várias ocasiões que a cidade fora recuperada.

Os rebeldes desmentiram essas informações e asseguraram que, embora alguns soldados de Kadafi tenham conseguido entrar na cidade e se postar como franco-atiradores em certas áreas, a cidade permanecia em seu poder.

O porta-voz insurgente Tareq Ali Ejhaui assegurou à Agência Efe na quinta-feira que as forças do regime haviam cortado a provisão elétrica e de água à cidade e que os franco-atiradores disparavam indiscriminadamente a partir de alguns edifícios.

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